Um veículo do ex-deputado federal Valdevan Noventa foi apreendido na tarde desta quinta-feira, 3, na BR-101, em posse do ex-prefeito de Capela, Manoel Sukita. Segundo as apurações, a busca pelos bens de Valdevan faz parte de uma investigação policial em curso pela Polícia Civil de São Paulo.
Durante o Jornal da Fan, da rádio Fan FM, desta sexta-feira, 4, Sukita falou sobre a abordagem e argumentou ter passado por constrangimento.
“Eu enfrento uma barbárie, tem mais de um ano que estou na posse desse veículo,então, isso por si só já mostra que não se tem nada a esconder, nem para a sociedade, e principalmente para as autoridades. Esse carro nunca teve nenhum tipo de restrição, e eu como pai de família, cidadão como eu sou, posso ser parado em uma rodovia, sendo totalmente constrangido ao lado da minha esposa”, disse ele.
De acordo com Sukita, o veículo só passou a ter restrições a partir da investigação contra Valdevan Noventa, que seria o ex-proprietário.
“Se tem uma decisão judicial para que esse carro seja recolhido porque o ex-dono é suspeito de alguma coisa, bastava ou o chefe da Polícia Civil ou qualquer dos servidores me telefonar ou vir a minha casa, dizendo: ‘olha, o seu carro precisa ser entregue pra gente porque tem uma decisão judicial de tal dia’. Eu faria como qualquer cidadão, mas não, eu sou político, procuro tocar a minha vida pública lastreado por respeito e não estou cobrando nada diferente”, completou.
Na oportunidade, Sukita negou que a não transferência do carro para o seu nome tenha relação com problemas judiciais que enfrenta, e criticou a abordagem feita pela Polícia Civil.
“O que não pode é uma situação dessa, porque pedi a decisão e quando eu li não tinha dizendo ‘prenda o carro e humilhe quem estiver de posse’, não tem isso, estava dizendo ‘prenda o carro’. Os policiais, depois da minha colocação, me atenderam dentro da normalidade e aguardei que o meu cunhado pudesse me pegar, entreguei o carro”, disse Sukita.
Caso Valdevan Noventa
Valdevan Noventa teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por ter cometido fraudes em sua prestação de contas da campanha de 2018. O ex-deputado federal é alvo de investigação por suposto desvio de dinheiro do Sindmotoristas, o sindicato que preside em São Paulo (SP).
No dia 20 de outubro, a Polícia Civil de São Paulo deflagrou uma operação para investigar desvios de recursos no SindMotoristas, cumprindo mandados de busca e apreensão em endereços de Valdevan.
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