O secretário municipal de Educação de Lagarto, Magson Almeida, está envolvido em uma polêmica após ser acusado de suposto crime eleitoral. A problemática surgiu após um discurso realizado na Escola Municipal Laudelino Freire, onde o secretário teria afirmado que o convênio entre a Prefeitura e a escola poderia ser encerrado caso a candidata a prefeita, Rafaela Ribeiro, não fosse eleita. A fala foi interpretada como uma ameaça às vagas dos estudantes, gerando grande repercussão na cidade.
Uma das mães, que preferiu não se identificar por medo de represálias, relatou que , Magson Almeida usou o encontro para intimidar e tentar manipular o voto dos responsáveis pelos alunos. “Quando o secretário começou a falar, eu me espantei, porque ele disse que, se a prefeitura mudasse de gestão, poderíamos perder o convênio que garante a escola para nossos filhos. Me senti chantageada e resolvi gravar um vídeo para provar o absurdo que foi marcar uma reunião com os pais, em horário de trabalho, para fazer uma ameaça dessas. Muitas mães ficaram com medo”, afirmou.
No vídeo que foi registrado pela mãe, o secretário disse que o convênio é tipo casamento: pode ser rompido a qualquer hora caso uma das partes queira. Segundo a mãe, uma forma de coagir as pessoas a votarem na gestão. “Ele disse haver perigo do convênio não ser continuado caso a candidata da gestão perca”, relatou.
Outra mãe, que também preferiu não se identificar, relatou ter sentido a mesma pressão. “O secretário estava usando o medo como estratégia política, dizendo que, se a candidata da gestão atual perder a eleição, o contrato poderá ser rompido e perderemos as vagas dos nossos filhos. Uma afronta ao direito à educação e ao respeito que as famílias merecem”, desabafou.
O radialista Narcizo Machado, no Jornal da 102, ressaltou a gravidade do ocorrido, afirmando que o caso é passível de investigação pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). Ele destacou a importância de uma apuração rigorosa para garantir que a legislação eleitoral seja respeitada e que práticas abusivas não prejudiquem o processo democrático.
Até o momento, o MPE ainda não se manifestou oficialmente sobre a possível abertura de investigação, mas a pressão popular para que medidas sejam tomadas está crescendo, especialmente entre os familiares dos alunos que dependem das vagas mantidas pelo convênio com a Prefeitura.
O caso levanta questionamentos sobre o uso da máquina pública para influenciar o resultado das eleições, o que é proibido pela legislação brasileira. A expectativa é que o Ministério Público Eleitoral avalie o caso e tome as providências cabíveis para assegurar a lisura do pleito em Lagarto.