A saúde pública de Lagarto enfrenta uma crise iminente, agravada pelo descaso e pela incerteza que cercam a gestão dos serviços. Após um processo licitatório de R$ 30 milhões, destinado à contratação de uma Organização de Sociedade Civil (OSC) para gerir a saúde local, a realidade do setor é desoladora.
Postos de saúde carentes de medicamentos essenciais, sérios problemas na oferta de atendimentos médicos e a desvalorização dos profissionais da saúde são apenas alguns dos pontos críticos enfrentados pela população de Lagarto. A promessa de melhoria após o processo licitatório parece distante, à medida que os problemas persistem e se agravam.
A situação é ainda mais alarmante para os funcionários da OSC responsável pela gestão da saúde no município. Denúncias apontam que esses profissionais estão sem receber integralmente seus salários, referentes ao mês de março. A incerteza sobre quando essa pendência será resolvida aumenta a tensão entre os trabalhadores, que cogitam paralisar suas atividades como forma de protesto.
Em meio à crise salarial, os funcionários afirmam pressões e ameaças de demissão por parte da gestão municipal, caso decidam paralisar suas atividades em protesto. O clima de insegurança e desamparo afeta não apenas o desempenho dos profissionais, mas também a qualidade dos serviços prestados à população.
Tanto a OSC contratada quanto a prefeitura de Lagarto mantêm-se em silêncio diante das denúncias e incertezas que assolam a saúde do município. A falta de transparência e de comunicação por parte das autoridades responsáveis agrava a sensação de abandono e negligência.
Com a escassez de recursos, a falta de pagamento aos funcionários e a ausência de respostas claras por parte das autoridades, a saúde de Lagarto encontra-se à beira do colapso. É urgente que medidas efetivas sejam tomadas para garantir o acesso da população a serviços de saúde de qualidade e para assegurar os direitos e a dignidade dos profissionais que atuam nesse setor crucial.
