Após promessas de campanha sobre a ocupação de cargos com perfis técnicos e pessoas capacitadas para exercer as suas atribuições, Jair Bolsonaro passou a entender que para aprovar seus projetos e continuar com seu projeto de governo, é necessário articular com o congresso nacional.
Mesmo com três décadas de ativismo político, Bolsonaro se mostra inexperiente nos primeiros meses de governo, assim, não conseguiu passar pela primeira prova de fogo que colocou em pauta para votação dos parlamentares, sentindo o triste resultado da rejeição do decreto que ampliava o número de pessoas capazes de determinar o sigilo de documentos oficiais.
O Correio Braziliense informou que um líder partidário descobriu que não poderia mais aproveitar os benefícios dos jogos políticos que envolvem a articulação da Câmara e Senado com Planalto, esse optou, obviamente, por espalhar a informação e garantir a derrota de Bolsonaro.
Agora, prestes a pautar a reforma da Previdência, Bolsonaro precisa, mais que nunca, ceder aos parlamentares e não cumprir suas promessas de campanha. Ou articula com deputados e senadores ou corre o risco de ficar sem aprovar projetos do poder executivo.
Partindo do pressuposto do que Bolsonaro prometeu durante a campanha eleitoral, o Correio Braziliense fez um levantamento do que o presidente poderá fazer para aprovar sua reforma. “Bolsonaro tentará fazer um “balanceamento” entre o atendimento aos políticos e o discurso de campanha. Isso passa por uma leva de exonerações, que começou na semana passada com a demissão de 21 dos 27 diretores regionais do Ibama”, diz a reportagem.