A Prefeitura de Lagarto abriu um registro de preços que visa à contratação futura de uma empresa especializada no fornecimento de alimentação preparada. Entre os itens previstos estão almoços tipo à la carte, quentinhas, refrigerantes e sucos de fruta. O valor total da licitação é surpreendente: R$ 1.185.299,30.
O alto valor destinado à alimentação para programas do Fundo Municipal de Saúde e do Fundo Municipal de Assistência Social levanta questões sobre a gestão de recursos públicos em uma cidade que enfrenta desafios significativos em várias áreas.
O montante de mais de um milhão de reais para a contratação de refeições prontas é significativo e, à primeira vista, parece desproporcional, considerando-se a realidade econômica e social de Lagarto. O gasto massivo em alimentação contrasta fortemente com outras necessidades prementes da comunidade, como melhorias na infraestrutura, saúde e educação.
É fundamental questionar se o custo dessas refeições não poderia ser otimizado. A administração pública deve buscar maneiras mais eficientes e econômicas para atender suas demandas. Em um cenário ideal, recursos públicos são empregados de forma a maximizar os benefícios para a população, priorizando áreas essenciais e urgentes.
Há diversas alternativas que poderiam ser consideradas pela Prefeitura de Lagarto para reduzir custos sem comprometer a qualidade do serviço. Por exemplo, incentivar a compra de alimentos de produtores locais poderia não apenas reduzir custos, mas também estimular a economia local. Estabelecer cozinhas comunitárias ou municipais que preparem os alimentos, eliminando a necessidade de terceirização e, possivelmente, reduzindo gastos, bem como o envolvimento da sociedade civil na fiscalização e sugestão de melhores práticas para ajudar a identificar e implementar soluções mais econômicas.
Outro ponto importante é obter a quantidade unitária de cada alimento, seu custo, pesagem, para quantas pessoas – quem são essas pessoas – e por quanto terão acesso aos alimentos. Detalhes cruciais, mas atualmente não estão claros e precisam ser mais bem especificados.
Desse modo, o valor de R$ 1.185.299,30 destinado à compra de quentinhas e pratos à la carte pela gestão da prefeita Hilda Ribeiro é alarmante e merece uma reflexão crítica sobre a administração dos recursos públicos no município.