Na última quinta-feira (10), cerca de 100 professores fizeram uma vigília em frente à Secretaria Municipal de Educação de Lagarto, exigindo o reajuste salarial de 33, 24%, que a Prefeitura não quer pagar, mesmo sendo um direito do magistério. Já nessa sexta-feira (11), o SINTESE de Lagarto agendou uma reunião com a prefeita Hilda de Gustinho (SOLIDARIEDADE), esposa do vice-líder de Bolsonaro, Gustinho Ribeiro (SOLIDARIEDADE), mas ela não compareceu, porque está viajando. A ausência de Hilda já aconteceu em outra reunião sobre o reajuste.
Na reunião de ontem, o professor Belizário Júnior, representante do SINTESE em Lagarto, questionou a ausência da prefeita.
“Estava o secretário municipal de Educação ( Magson da Academia) , o secretário municipal de Finanças (Thiago Melo Franco) e o Procurador Geral do Município. Questionei quem ali tinha o poder de decisão, porque é ela quem diz se dá ou não o reajuste. Então, o secretário de Finanças disse que estava com carta branca para negociar. Em seguida, ele quis alegar dificuldades financeiras no município e que ele considera alto o reajuste. A nossa comissão estava munida de todo o processo de arrecadação, tanto do Fundeb, como das receitas da Educação de Lagarto em 2021, e toda documentação expedida pelo MEC e pelo Fundeb de Sergipe, comprovando que não houve dificuldades financeiras em 2021. Justamente no ano que o magistério não teve um real de reajuste, a receita de Lagarto cresceu 28% e há previsão de crescimento em 2022. A situação está tão boa que, mesmo com o reajuste, o município terá dinheiro para investir na Educação. Não aceitamos menos de 33%”, relatou.
Despesa milionária
Segundo o professor, entre os meses de agosto e setembro de 2021, foram gastos R$1.600.000,00 com despesa de materiais. “Essa despesa que é de conhecimento público, causou estranheza, porque esse material é pago pelo Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) , do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Uma compra tão grande por parte da secretaria, sendo que nas escolas falta até resma de papel”.
Ele disse ainda que está havendo apuração do SINTESE de Lagarto. “O SINTESE está apurando. Temos o nosso companheiro, o delegado Professor Genivaldo, e ele vem cobrando que a secretaria apresente esse material. Se foi utilizado, que eles mostrem onde foi gasto, sendo que só houve três meses de aula no município em 2021”, concluiu.