Prefeitura de Lagarto diz que oferta ônibus para universitários, mas estudantes reclamam que pagam taxa mensal

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Estudantes universitários entraram em contato com a redação de O Bolo é Grande para relatar que estão pagando uma taxa mensal para poder viajar de Lagarto a outros municípios com o intuito de fazer um curso de graduação mesmo com a prefeitura confirmando que disponibiliza ônibus gratuitos.

Eles preferiram não se identificar porque receiam sofrer retaliações. “Conheço gente que já foi expulsa de ônibus”, contou um deles, que teme também perseguição política, já que eles questionam também a atuação do secretário municipal de Educação, Magson Almeida.

Segundo o grupo de estudantes, um gestor da prefeitura confirmou que o município disponibiliza 15 ônibus para fazer os trajetos para a UFS em Aracaju e Itabaiana e faculdades privadas, na capital, mas que mesmo assim eles são obrigados a pagar uma taxa por mês.

“Quem não paga, não tem direito a ir no ônibus, mesmo que este seja ofertado pela prefeitura”, explicou uma uma estudante da Universidade Federal de Sergipe.

A taxa é para a Associação dos Estudantes Universitários de Lagarto (ASEUL), que gerencia o transporte universitário no município, mesmo o transporte sendo disponibilizado pela prefeitura.

A informação divulgada no site da associação é de que existem 18 horários de viagem, entre os turnos matutino, vespertino e noturno, o que neste caso os 15 ônibus gratuitos da prefeitura de Lagarto, segundo os universitários, poderiam comportar as rotas, já que quatro delas são de 5h30 a 12h50 e 11 rotas começam só depois das 16h.

Valores altos
Os estudantes se colocaram contrários ao alto valor considerado por eles da taxa que têm que pagar por mês: R$ 110 mensais – durante 12 meses, mesmo no período de férias, e mais R$ 220 na hora de se cadastrar para uso do transporte.

“É um número muito alto de alunos que não têm condições nenhuma de pagar mais de R$ 100 por mês para poder estudar. É uma realidade muito dura a de estudante pobre e pagar um valor em um transporte que é oferecido de graça não é justo”, reclamou a universitária.

Título de eleitor
Uma situação muito questionável em relação à ASEUL é na relação de documentos exigidos para fazer o cadastro no transporte. Além de documentos de identificação, como o padrão de qualquer cadastro, a associação exige título de eleitor.

Estudantes estranham e lamentam que, mesmo tendo comprovante de residência apresentado, provando a moradia em Lagarto, a associação cobra título de eleitor, o que, no entender deles, tende ao campo político.

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