A Prefeitura de Lagarto, por meio da Secretaria Municipal de Educação, optou por descartar mais de 4 mil livros didáticos, muitos deles ainda lacrados, encaminhando-os para reciclagem.
Dentre os exemplares, 200 estavam armazenados na Secretaria de Educação, enquanto os outros 4 mil ocupavam espaço no Galpão de Patrimônio do Município, sendo literalmente despejados em uma caçamba para imediato descarte.
Surge a indagação: por que esses livros não foram destinados ao local apropriado, ou seja, às escolas do município de Lagarto, especialmente considerando a presença de obras nunca utilizadas? Qual a justificativa para a opção de dispensar milhares de livros em vez de promover, por exemplo, uma doação consciente?
Seria mais eficiente se o volumoso acervo fosse direcionado a escolas, bibliotecas ou outros espaços educativos, contribuindo assim para o enriquecimento do aprendizado e o estímulo à leitura.
A atitude de descarte suscita questionamentos sobre a gestão adequada dos recursos educacionais e a priorização do acesso ao conhecimento em Lagarto, que é negligente, segundo denúncias constantes dos pais e alunos.
Assim, é necessário que o Ministério Público de Sergipe investigue, principalmente pelo fato de muitos dos materiais estarem envoltos em plástico de proteção, sugerindo que nunca foram utilizados no sistema educacional do município.