A Prefeitura de Lagarto encaminhará para a Câmara de Vereadores um projeto de lei em que autoriza os servidores efetivos do município a acessarem uma linha de crédito especial para o recebimento integral do salário de dezembro, deixado em aberto pela gestão anterior. O anúncio foi feito pelo prefeito Sérgio Reis, nesta quarta-feira, 5, através das suas redes sociais.
De acordo com o gestor, a proposta que será encaminhada ao legislativo, em caráter de urgência, concede abono especial a todos os profissionais da administração municipal que não tenham recebido a remuneração referente ao último mês de 2024, por meio do Banco do Estado de Sergipe. Com a medida, a gestão honra um compromisso que foi firmado com os servidores e demonstra empenho em regularizar a folha salarial.
“Desde que assumimos a gestão de Lagarto, estamos concentrados em solucionar essa herança que herdamos da administração passada e, hoje, estamos encaminhando um projeto de lei, em caráter de urgência, para a Câmara de Vereadores, equacionando o problema. Com a proposta, estamos pedindo autorização para que, juntamente com o Banese, possamos pagar o salário do mês de dezembro, deixado pela ex-gestora, a todos os servidores que não receberam os vencimentos referentes ao mês. O projeto será votado até esta sexta-feira e a expectativa é que na próxima semana, o Banese efetuará o pagamento, de maneira integral ao servidor”, destacou o prefeito.
Sérgio frisou ainda que a intenção inicial era efetuar o pagamento do valor em aberto com recursos do município, mas que, em virtude da situação financeira emergencial e da ausência de verbas municipais, foi necessário buscar outras formas. “Agora no mês de janeiro, a Prefeitura teve suas contas bloqueadas porque a ex-gestora não pagou o INSS e, com isso, aumentou ainda mais o déficit financeiro do nosso município”, completou.
De acordo com a secretária municipal da Fazenda de Lagarto, Karina Calasans, as tratativas com o Banese para a disponibilização da linha de crédito para quitação dos salários atrasados tiveram início na primeira semana de janeiro. “O prefeito teve uma reunião com o presidente do banco, Marco Antônio Queiroz, para tratar sobre a situação e logo neste encontro, foi discutida a modalidade de operação bancária. O servidor acessa o seu salário através da linha de crédito e a Prefeitura arca com os juros desse abono especial. Assim, o trabalhador tem o valor creditado imediatamente em conta”, explicou.
A secretária reiterou ainda que, mesmo o pagamento sendo efetivado por meio de uma operação de crédito, “o servidor não terá nenhum ônus”, disse. “Não entra na margem de consignação de empréstimo, se ele tiver algum débito com a instituição, não há descontos. É importante frisar que o trâmite que se dará, a partir de agora, é apenas burocrático e que o banco já nos garantiu toda a estrutura para recepcionar os servidores para que os contratos sejam assinados. O Banese possui todo o aparato operacional para nos ajudar e para que a ação ocorra o mais breve possível. A gente só precisa contar com a disposição do servidor de ir até a agência com seus documentos pessoais para assinar o contrato”, detalhou.
