A prática do judô, além de disciplinadora e saudável, pode transformar a vida das pessoas, construindo sonhos e formando cidadãos. Foi com esse ideal que o projeto social A Escola Vai ao Batalhão de Choque nasceu, sempre apoiado pela Polícia Militar do Estado de Sergipe e pela superintendência do SESI-SE. Fundado pelo sensei e sargento Élvio Marcelo Lisboa, o projeto é voltado para crianças e adolescentes do Bairro América, em estado de vulnerabilidade social.
Na manhã desta quinta-feira, 16, o sargento Élvio teve mais uma oportunidade para demonstrar o seu orgulho para com os talentos revelados nos tatames em anos de trabalho voluntário. Na companhia do superintendente do SESI em Sergipe, o senhor Acrízio Campos, e acompanhado por um grupo formado pelo sargento Fiaes, além de quatro alunos e duas mães atendidas pela iniciativa, o professor de judô foi recebido pelo comandante-geral da Corporação, coronel Marcony Cabral, no Quarte do Comando Geral.
Na oportunidade, o coronel Marcony Cabral foi apresentado aos quatro mais novos destaques do judô sergipano formados nas aulas da iniciativa social: Andressa Beatriz, 10 anos, que em 55 competições disputadas, conquistou 55 medalhas de ouro; Elizabeth Freire, 12 anos, atual campeã brasileira regional de judô; Matheus Freire, 15, medalhista nos Jogos Nacionais da Juventude, tendo o Brasil em competição mundial na modalidade luta olímpica; e Henrique Lúcio, 16, o primeiro atleta oriundo de projeto social a integrar a Seleção Brasileira de Judô. Diante das expressivas conquistas, o quarteto hoje estuda em escolas particulares com bolsa integral.
Durante o encontro, o comandante-geral falou sobre a importância do projeto para a formação de homens e mulheres de bem que contribuam para uma sociedade melhor, enalteceu a iniciativa do sargento Élvio Mota, agradeceu o apoio prestado pelo SESI e ainda aproveitou a ocasião para incentivar os meninos e meninas do programa. “Continuem firmes nessa oportunidade e entendam que agora vocês são exemplos para outras crianças. Por isso, nunca deixem de estender a mão ao próximo.”
O superintendente Acrízio Campos ressaltou que o SESI apoia A Escola Vai ao Batalhão de Choque por reconhecer a importância dos bons valores que a Polícia Militar dissemina através do programa socioeducacional. “O SESI sempre se esforça para contribuir com iniciativas que transformam vidas, ainda mais quando percebemos policiais renunciando horas de folga para se dedicaram ao próximo de forma voluntária, tornando jovens sem oportunidades em vitoriosos.”
Mesmo que o jovem não se torne um atleta profissional, a senhora Fabiana garante que o esporte abre um leque de possibilidades para o jovem se desenvolver socialmente, possibilidades raras para quem mora em comunidades carentes. A mãe da atleta prodígio Andressa Beatriz, agradeceu ao Comando da PMSE e ao SESI pela oportunidade que o judô e o projeto deram a centenas de crianças carentes do Bairro América. “Minha filha hoje é conhecida como uma menina de ouro, graças ao programa, que nos apresentou não apenas um esporte, mas também nos ofereceu uma nova família para um convívio saudável entre a comunidade e a PM,” afirmou emocionada.
Por fim, o idealizador e coordenador do projeto, sargento Élvio Lisboa agradeceu a confiança depositada pelo Comando Geral e pela superintendência do Sesi. “A Escola Vai ao Batalhão de Choque é uma grande oportunidade para mudar o futuro de pessoas, uma das coisas mais nobres que um ser humano pode fazer. E, com certeza, isso só é possível por conta do apoio que recebemos do coronel Marcony Cabral e do senhor Acrízio Campos, entre outros colaboradores. Ficamos muito felizes em testemunhar jovens trilhando caminhos promissores na vida, especialmente, a Andressa, a Elizabeth, o Matheus e Henrique.”