Pesquisa da ABIH-SE mostra números da crise do Turismo em Sergipe

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Para criar uma consciência favorável à importância do turismo para milhares de sergipanos, a ABIH-SE desenvolveu uma campanha publicitária mostrando profissões e setores da economia que, direta ou indiretamente, sobrevivem graças ao turismo.

Os números do Turismo em Sergipe não são nada animadores. É o que revela uma pesquisa interna realizada pela Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH-SE), junto aos seus 37 filiados, que responderam a um questionário com perguntas múltiplas a respeito de dados internos dos estabelecimentos; análise, perspectivas e necessidades de ações para o setor; além da avaliação das políticas públicas do governo estadual e da Prefeitura de Aracaju.

A apresentação ocorreu hoje, 6, durante um café da manhã para a imprensa em um hotel da Orla de Atalaia, na capital.

Segundo os números, a média de ocupação no mês de junho de 2019, considerado um dos principais para a rede hoteleira em virtude dos festejos juninos, caiu 11,5% em comparação ao mesmo período do ano passado: de 52% para 46%. A ocupação nesse 1º semestre também teve uma redução considerada de 12,7%. A média em 2018 foi de 55%, sendo que em 2019 está em 48%. E isso não se deve aos valores das diárias, que caíram 5,2%. Hoje, o preço médio é de R$ 164,00, contra R$ 173,00 praticado em 2018.

A crise no Turismo de Sergipe tem provocado a diminuição do setor hoteleiro e o consequente desemprego. Essa conclusão se dá através do número de colaboradores nos estabelecimentos, outro dado que também foi comparado entre junho de 2018 e junho de 2019. Ano passado, Sergipe tinha oito hotéis entre 80 e 100. Hoje, possui apenas um. De 20 estabelecimentos com 20 a 50 funcionários, passou para 17. E os hotéis com menos de 20 funcionários cresceram, justamente pela redução do quadro. Eram seis ano passado e agora são onze.

ANÁLISE DOS HOTELEIROS

Questionados sobre “qual sua expectativa para o segundo semestre de 2019”, 28% os empresários da hotelaria disseram que ruim; 22% péssima; 19% boa e 31% melhor que 2018. Já o grau de otimismo é baixo, para 55,6%. 33,3% é mínimo e 11,1% responderam ser médio. Nenhum deles disseram ser bom.

Eles também avaliaram a atuação do governo de Sergipe e da Prefeitura de Aracaju no Turismo. 63,9% disseram que é péssima e 36,1% ruim, em relação ao Estado. Já o município foi avaliado por 58% como péssimo e 42% ruim. Nenhum dos hoteleiros considerou as duas gestões como boa ou regular.

Entre as opiniões expostas pelos hoteleiros para melhorar o Turismo estão a divulgação dos destinos e dos eventos; questões relativas ao número de voos e incentivos fiscais. “Não podemos fazer em crise no turismo, porque esse é o setor que mais cresce no mundo e pelo oitavo ano consecutivo, seu resultado (US$ 8,8 trilhões/2018) foi superior à taxa de crescimento do PIB mundial. São 319 milhões de postos de emprego gerados em todo mundo no ano passado, segundo dados do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC). Sergipe precisa entrar urgente nessa rota de crescimento”, aponta o presidente da ABIH-SE, Antônio Carlos Franco Sobrinho.

CAMPANHA

Para criar uma consciência favorável à importância do turismo para milhares de sergipanos, a ABIH-SE desenvolveu uma campanha publicitária mostrando profissões e setores da economia que, direta ou indiretamente, sobrevivem graças ao turismo. A campanha, intitulada “Turismo forte, todos ganham! Sergipe tem muito a oferecer, Sergipe tem tudo para crescer”, não possui fins lucrativos e estará voltada exclusivamente para o público sergipano.

Através de parcerias, a Associação buscará a divulgação através de peças de outdoor, busdoor, spot de rádios, anúncios em jornais, sites, front-light e em suas redes sociais. Também foi produzido um VT de um minuto para a campanha.

Por ASCOM/ABIH-SE

FOTOS: KAIO ESPÍNOLA

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