O Comando da Polícia Militar do Estado de Sergipe (PM/SE), instaurou na semana passada, um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar uso de túnica por parte de parlamentares, já que são quatro militares que ocupam cargos eletivos, a exemplo do deputado estadual capitão Samuel Barreto, e os vereadores sargento Zezinho do Bugio, cabo Amintas e cabo Didi.
Esses militares teriam usado a túnica da polícia militar durante evento. Por conta disso, o comando encaminhou um oficio aos parlamentares para que informassem se fizeram o uso.
Sobre esse procedimento adotado pelo comando, militares estão se posicionando contrários, até porque o Comando da PMSE já participou, pessoalmente ou se fazendo representar, em diversas solenidades na Câmara de Vereadores de Aracaju e na Assembleia Legislativa com parlamentares fardados.
Na manhã desta segunda-feira (13), o vereador cabo Didi confirmou que recebeu um oficio do comando solicitando informações. “Eu recebi na semana passada o comunicado do comando e vamos responder. Sou militar da reserva, trabalhei vinte anos na polícia militar e nunca recebi uma punição, tenho a ficha limpa. Vamos responder e aguardar”, disse cabo Didi.
Para o presidente da Amese, sargento RR Jorge Vieira da Cruz, “isso é no mínimo estranho. Só agora ele viu isso. Isso é feito no Brasil todo. Ele devia deixar que os órgãos que estão investigando façam o seu papel. Entrou na situação desnecessária, levando o nome da instituição negativa para a sociedade”, disse o presidente da Amese.
Já no caso do deputado e presidente da Comissão de Segurança na Alese, capitão Samuel Barreto, a situação é diferente. O parlamentar disse que “no início do mandato eu mandei um ofício pedindo autorização. Isso se resolve enviando ofício solicitando uso da farda em outros locais diferente de solenidade militar”, explicou o parlamentar.