A Câmara aprovou em dois turnos, o adiamento das eleições para 15 de novembro, o que confirma que, apesar de não termos ainda uma curva de declínio nos casos e mortes pelo coronavírus, o pleito está mantido para esse ano. Acredita-se inclusive, que em novembro, a pandemia já esteja controlada em nosso país, mas será que a campanha eleitoral poderá seguir com as mesmas estratégias de 2 anos atrás?
Especulações acerca das eleições
Primeiro, não é 100% seguro afirmar que todos nós estaremos livres da Covid-19 nessa data, uma vez que, nem se sabe se estamos imunes após a cura. Segundo, ainda não há uma previsão de vacina. Terceiro, um novo surto já surgiu em países que já haviam declarado controle total, como China e Itália, por exemplo. Será que no Brasil não correríamos esse risco? Estuda-se a possibilidade de estender o horário de votação para distribuir mais o volume de pessoas nas seções eleitorais, evitando assim, as aglomerações, mas em dados momentos será impossível controlar a quantidade de gente e o distanciamento social.
E o que muda no jeito de fazer campanha?
Com todas essas limitações, o corpo-a-corpo, uma das principais estratégias políticas, está comprometida. Será um desafio maior chegar às localidades mais humildes, onde não há internet, celular e redes sociais. Aliás, as redes sociais farão a diferença, porém não serão 100% responsáveis por eleger o candidato. Como eu disse anteriormente, nem todo mundo usa internet, principalmente no interior, onde temos um número alto de idosos sem acesso à tecnologia. Fica o desafio!
Como chegar então a esse eleitor?
Fato é, que mesmo com essas dificuldades, a rede social será ainda mais importante no pleito 2020. Enquanto o vírus circula, não é prudente ir de casa em casa, visto que o candidato pode não só contrair o vírus, como também contaminar pessoas, incluindo as que estão no grupo de risco.
Redes sociais devem ser trabalhadas o quanto antes
O impulsionamento no Facebook e no Instagram se torna imprescindível para manter o nome em evidência, até que as visitas estejam liberadas. Cá entre nós, é inocência pensar que não há pré-candidatos fazendo visitas, mas ainda assim, os eventos fechados e com muitas aglomerações estão terminantemente proibidos, dificultando ainda mais a estratégia. O jeito é criar conteúdo de interesse para a população, através de cards, vídeos e textos. Dessa forma, o pré-candidato pode divulgar suas ideias e impulsionar para o público certo. É possível encontrar seu eleitor, segmentando por cidade, comportamento, gênero, idade e muito mais. Vale lembrar que o impulsionamento é permitido, embora não seja recomendado o gasto exagerado desse recurso, pois pode acarretar na cassação do mandato.
Menu variado de pré-candidatos
Aos eleitores, um recado: prepare a pipoca, deslize o celular com o dedinho e interaja com aquele pré-candidato que você se identificar. Com essa pandemia, o cardápio eleitoral estará mais variado e você terá mais poder de escolha!
Foto e texto, Thiago Jacauna/ Gestor de Mídias Sociais