Médicos do SUS são capacitados para diagnóstico de morte encefálica

0
993
Agência Sergipe de Notícias

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da Central de Transplante de Sergipe, da Diretoria de Atenção Integral à Saúde (DAIS) e da Organização de Procura de Órgãos, com apoio do Núcleo de Educação Permanente do Hospital de Urgências de Sergipe (NEP/HUSE), realizou no último sábado (16), na Universidade Tiradentes, curso para determinação de Morte Encefálica (ME).O curso tem como público-alvo os médicos do Huse, hospitais regionais (Estância, Lagarto e Itabaiana), para capacitação na determinação de ME e os profissionais do Samu como ouvintes para compreenderem a logística do processo Doação/ Transplante.

O curso além de habilitar os profissionais no reconhecimento também orienta no trato humanizado das famílias. Para o coordenador da Central Estadual de Transplante, Benito Oliveira Fernadez, o Conselho Federal de Medicina determina que o médico só pode realizar o protocolo de morte encefálica munido de habilitação. Para adquirir o certificado do curso, os médicos intensivistas, neurologista e emergencista tiveram que comprovar que atendem pacientes em estado de coma há, no mínimo, um ano.

“Queremos aumentar o número de profissionais para realizar o diagnóstico de morte encefálica e ,assim, tentar reduzir o stress da equipe e família em relação ao quadro real do paciente. Abrimos o curso para ouvintes no sentido de sensibilizar outras categorias para que instrumentalizados eles consigam desenvolver um melhor acolhimento à família dos pacientes”, enfatizou Benito Oliveira Fernadez.

A representante da Organização de Procura de Órgão, Ana Paula Rocha, destacou que o curso é uma ferramenta para aumentar o quantitativo da doação no Estado. “No Brasil, temos mais de 33 mil pessoas esperando por algum órgão a ser transplantado. Só podemos entrevistar a família para a doação de órgão depois que o paciente passa pelo processo de diagnóstico de morte encefálica. Isso pode aumentar o leque de doação no Estado de Sergipe”, contou.

Médica da Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital de Itabaiana, a cursista Tacianne Braga, disse que a capacitação é uma oportunidade para médicos e pacientes que estão na fila de transplante. “Sabemos que há muitos pacientes na fila precisando que esse diagnóstico seja dado de uma forma mais eficaz e rápida. Com mais profissionais habilitados esse quadro pode melhorar”, pontuou.

Em fevereiro deste ano, o governo do Estado implantou dez leitos no Huse para pacientes críticos. Deles, dois foram destinados ao diagnóstico de pacientes com possibilidade de morte encefálica.

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor deixe um comentário
Por favor deixe seu nome