Famílias que dependem dos benefícios terapêuticos oferecidos no local, especialmente para crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), continuam em vigília no Parque de Exposição Nicolau Almeida, em Lagarto. O ato, que vem ganhando força a cada dia, é uma manifestação contra a permuta do espaço e a ordem de despejo da associação de equoterapia, apresentada nos últimos dias pelo empresário e dono do Grupo Maratá, José Augusto Vieira.
Na noite de ontem, 5, por exemplo, pais e cidadãos lagartenses reuniram-se mais uma vez no parque para protestar e reforçar a importância da continuidade dos serviços prestados pelo Centro Lagartense de Equoterapia.
A associação recebeu no mesmo dia uma notificação extraoficial de desocupação, emitida por Vieira, exigindo a retirada da entidade do local até a próxima sexta-feira, 8, mas sem oferecer uma nova estrutura para ela.
O movimento de resistência, liderado pelas famílias que dependem do centro, tem mobilizado diferentes setores, especialmente nas redes sociais. “As crianças atípicas estão pagando o preço de uma negociata entre poderosos”, disse uma internauta. “Prefiro acreditar que a justiça ocorrerá e nós aqui nas redes sociais temos muita força. Vamos marcar meios de comunicação, vamos dar voz ao que está acontecendo em Lagarto”, acrescentou. “Errado tá quem entregou o Patrimônio Público sem se importar com a população, se achando os donos da cidade”, enfatizou outra.
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