Em mais uma rodada de negociações e diálogo com a classe trabalhadora, o prefeito de Laranjeiras, José de Araújo (Juca) se reuniu nesta quinta-feira, 18, com vereadores e sindicalistas para apresentar propostas de pagamentos atrasados de servidores, referente ao mês de dezembro de 2020 e 13º salário, deixados pela gestão do ex-prefeito, Paulão da Varzinhas. Neste encontro, o gestor municipal reafirmou que a valorização dos trabalhadores é prioridade.
Juca voltou a afirmar que a Prefeitura atravessa a maior crise financeira da história, mas, mesmo com a queda na arrecadação, o aumento das despesas e cerca de R$ 50 milhões de dívidas herdadas da gestão anterior, pretende pagar no período de abril de 2021 a fevereiro de 2022, 12 folhas salariais, mais o 13º e salário atrasados de 2020 e o 13º salário de 2021, que, aliás, já vem sendo pago conforme a data de aniversário de cada trabalhador.
Após a reunião, que terminou no início da noite, Juca e os integrantes da gestão municipal informaram que vão aguardar os representantes das três classes trabalhadoras (professores, servidores e guardas municipais) dialogarem com os seus respectivos membros e somente após ouvi-los novamente é que irá sinalizar outros encaminhamentos.
“Os desafios estão sendo enormes e estamos fazendo um esforço muito grande para quitar todas as dívidas e manter os serviços essenciais funcionando, como a limpeza urbana, unidades de saúde atendendo a população, remédios na farmácia, alunos estudando e com merenda de qualidade, entre tantas outras prioridades. Afinal, Laranjeiras precisa ser reconstruída. Portanto, peço mais uma vez, calma e paciência. Os nossos problemas estão sendo resolvidos de forma gradativa”, explicou Juca.
Na reunião, o prefeito descartou a possibilidade de contrair um empréstimo para quitar os vencimentos atrasados dos servidores. “Fomos a três instituições financeiras e analisamos as propostas de cada uma. Entretanto, se formos contrair um empréstimo, é uma falta de responsabilidade fiscal e financeira pagando uma dívida de cerca de R$ 200 mil/mês durante cinco anos, que vai além de uma gestão. Assim como, somando-se a outras dívidas já existentes é possível que haja atraso no pagamento das folhas dessa gestão. Portanto, acho melhor optar pela responsabilidade e sacrificar duas receitas extras de IPTU (2021 e 2022), além de sacrificar investimentos de infraestrutura, ampliação de programas sociais e etc, para honrar e valorizar o servidor público.
ASCOM PML.