Grave: abuso de poder econômico e político na prefeitura de Lagarto para favorecer candidaturas

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Não é de se estranhar se um grupo político que faz mau uso de verba pública também utiliza de mais mecanismos da máquina pública para ter retorno eleitoral. Caso emblemático e extremamente suspeito acontece em Lagarto, em que uma onda de contratações por tempo determinado vem crescendo sem parar no município e pode ser vista como abuso de poder econômico e político para o favorecimento de pré-candidaturas do grupo que está na gestão do Poder Executivo, como a de Gustinho Ribeiro para federal e sua mãe, Áurea Ribeiro, para estadual.

Para se ter uma ideia do tamanho do uso político da administração municipal pela gestão do grupo do deputado federal Gustinho Ribeiro – a mulher dele, Hilda, é a prefeita -, existem mais servidores contratados e em cargos comissionados do que servidores efetivos. São mais de 2.700 funcionários via contratações e nomeações políticas contra 1.934 servidores efetivos, de acordo com o próprio portal da transparência.

O que vem chocando ainda mais a sociedade lagartense e até mesmos aliados do agrupamento que comanda a prefeitura é o fato de o grupo político liderado por Gustinho Ribeiro praticar uma certa “coerção” de adversários com o oferecimento de empregos, já que muitas das últimas nomeações e contratações são de pessoas que revelaram voto contra a prefeita Hilda, mas que hoje foram contratadas e agora declaram apoio ao deputado Gustinho.

Isso revela como a prefeitura do município de Lagarto está sendo usada como um verdadeiro cabide de empregos em troca de apoios políticos em ano de eleição. Reforçam essa suspeita diversas denúncias na imprensa e também protocoladas no Ministério Público.

Denúncias

O SINTESE inclusive vem criticando e exigindo explicações para a quantidade de funcionários contratados nos últimos meses sem nem ter posto de trabalho, ficando esses “novos” servidores horas sentados sem prestar serviço ou sem saber o que fazer, como bem disse o professor Benizário Júnior durante uma entrevista de rádio.

Além de denúncias que partem do sindicato ligado à educação, populares também já utilizaram o rádio para expor que existem funcionários registrados na prefeitura, mas que em horário de expediente trabalham mesmo é em seu comércio local. A própria reportagem da rádio 102.7 FM verificou que funcionários lotados em uma determinada escola não estavam em local de trabalho no horário devido.

A prática explícita desse tipo de uso da máquina pública exige uma apuração rigorosa dos órgãos competentes, especialmente do Ministério Público, onde já há denúncias protocoladas sobre a onda de contrações realizadas pela gestão da prefeitura de Lagarto nos últimos anos, tendo um inchaço de folha em ano eleitoral. Não há de se esperar outro desfecho senão uma intervenção crucial da Justiça para frear o mau uso do Poder Executivo no município lagartense.

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