Governadores defendem que Brasil aceite oferta de recursos internacionais para Amazônia

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Governadores de estados que compõem a Amazônia Legal aproveitaram a reunião com o presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira (27) para defender a ajuda oferecida por outros países para combater os incêndios na Amazônia e preservar a floresta.

Na reunião no Palácio do Planalto, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse que toda ajuda internacional é necessária.

Macron e Bolsonaro trocam críticas desde a semana passada, quando teve início a crise diplomática entre França e Brasil provocada pela alta das queimadas na Amazônia. Como resposta às críticas recebidas por líderes estrangeiros, sociedade civil e celebridades, Bolsonaro autorizou o uso de Forças Armadas no combate de incêndios  nos nove estados da Amazônia Legal. Ele tem afirmado que países estrangeiros têm interesse na Amazônia em razão das riquezas da região e que o Brasil deve preservar sua soberania no local.

“Estamos perdendo muito tempo com o Macron. Eu acho que temos que cuidar do nosso país, tocar a vida. Estamos dando muita importância a esse tipo de comentário, não desprezando a importância econômica que a França pode ter”, afirmou o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB) durante a reunião.

Após o encontro, Barbalho também reafirmou a necessidade de parcerias internacionais que tenham como contrapartida a preservação da floresta, que primeiramente é de interesse do Brasil.

Segundo ele, o “nascedouro” da crise internacional sobre a Amazônia foi o desentendimento sobre a continuidade ou não do Fundo Amazônia.

O governador sugeriu que o Ministério do Meio Ambiente manifeste para a comunidade internacional que acha importante a continuidade do fundo, mas que quer saber o que já foi feito com o fundo e também deseja rever os critérios de prioridade do fundo.

“Me parece haver sensibilidade por parte do governo federal de reestabelecer o diálogo internacional, particularmente do Fundo Amazônia”, afirmou Helder Barbalho.

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSL), também defendeu os repasses de dinheiro do Fundo Amazônia a fim de que sejam viabilizados investimentos na transferência de tecnológicas e em investimentos.

Segundo ele, 97% da floresta “está intacta” no estado, porém metade da população vive na “linha da pobreza”.

Fonte: G1

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