A deputada Goretti Reis (PSD) fez reclamações sobre o atendimento médico disponibilizado para os moradores da cidade de Lagarto. Ela disse que vem recebendo crítica sobre o funcionamento do Hospital Universitário de Lagarto, mantido pela Universidade Federal de Sergipe, mas os problemas são causados também pela falta de atendimento na rede ambulatorial.
“A gente tem ouvido muitas demandas nas redes sociais e emissoras de rádio locais, reclamando da desassistência que tem, de ter que procurar outro estabelecimento. Eu busquei o que realmente estava acontecendo, o hospital tem uma capacidade de atendimento menor do que realmente precisa. Eles têm 80 a 84 leitos e muitas vezes precisam estar internados mais de 90 pessoas, porque eles improvisam com macas para tentar não desassistir”, detalhou.
A parlamentar falou que na rede ambulatorial, há dificuldades encontradas para marcação de exames e de consultas especializadas. Ela afirmou que existe falta de médicos para este atendimento, o que superlota hospitais.
“Se você não tem dentro da rede ambulatorial o serviço continuado de atendimento à população e dando condições para ter acesso a marcação dos procedimentos que necessitam isso vai se agravando, e se agravou durante o período de pandemia”, disse.
A deputada informou que irá marcar uma reunião entre a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Sergipe e a secretária de estado de saúde para encontrar alternativas em relação à demanda reprimida no município.
O deputado Georgeo Passos (Cidadania) falou que também vem recebendo reclamações sobre este assunto em Lagarto. “É um cenário complicado porque em determinados momentos a porta que deveria estar aberta é necessário ser fechada. Isso vem trazendo constantes problemas não só para Lagarto, mas também para outras regiões, porque quando em Lagarto é negado atendimento, a ambulância leva para Itabaiana e aí começa a ter um número maior de pacientes em Itabaiana”.
Ele acrescentou que estes problemas estão sendo vivenciados também em Aracaju. O Hospital da Criança, recém-inaugurado na capital sergipana, está recebendo mais pacientes do que comporta.
“Ali seria porta-aberta baixa e média complexidade, ontem a tarde teve que fechar as portas porque quando chega uma criança com febre nos postos de saúde, mandam procurar o Hospital da Criança”, finalizou.
As declarações ocorreram durante o grande expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa de Sergipe.
Por Wênia Bandeira