Georgeo diz que Prefeitura de Ribeirópolis se defenderá

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Camila Ramos / Alese

O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Georgeo Passos (REDE), comentou durante o Grande Expediente da sessão dessa segunda-feira (15), sobre a Operação deflagrada, na última sexta-feira (12), pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), através do Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap) da Polícia Civil, que cumpriu mandados de busca e apreensão na Secretaria Municipal de Agricultura da Prefeitura de Ribeirópolis e na residência de particulares.

A Operação está relacionada com o abate de animais no matadouro do município e apura um suposto desvio de recursos públicos provenientes da arrecadação de taxas com o abate. Georgeo disse que respeita a posição do Deotap e confia nas instituições do Estado. Disse que foi procurado pelo governador Belivaldo Chagas (PSD) que manifestou não ter envolvimento com a Operação e disse que a Prefeitura de Ribeirópolis, gerida por seu pai e ex-deputado Antônio Passos, vai se manifestar sobre o assunto.

O deputado disse que ponderou muito antes de tratar do tema na Alese, mas confessou que não teria como se esquivar por ser filho do prefeito e pela tradição de sua família. “É uma longa história que começou com meu tio Josué Passos, seguido de meu avô Chico Passos aqui na Alese por oito mandatos e depois meu pai, Antônio Passos por mais cinco mandatos. A gente reconhece que as coisas não estão normais e que isso incomoda”.

“Os procuradores do município terão que responder, nós confiamos nas instituições e desejamos sim que façam todas as investigações, dentro da legalidade, e não vamos diminuir nosso ritmo na Assembleia. Vamos seguir investigando, trabalhando. O governador fez questão de vim até nós para dizer que não tem nenhuma participação na Operação do Deotap”, completou.

Georgeo questionou alguns pontos manifestados pela delegada que investiga o caso.  “A delegada disse que no início de 2017 a taxa por abate era R$ 35 e que, em 2018, o valor foi reajustado para R$ 40 (existe lei municipal estabelecendo essa taxa) e não R$ 55 como colocou a SSP. Também foi dito que era uma média mensal de 2.300 animais abatidos, mas isso só ocorreu quando fecharam os matadouros de Glória e de Itabaiana, quando todo mundo foi para Ribeirópolis”.

O deputado ainda contestou outro dado falado pela delegada. “Foi dito também que a arrecadação era manipulada por duas pessoas, mas na verdade ela era depositada em uma conta da Prefeitura de Ribeirópolis e os valores são devidamente contabilizados. Se ficar comprovado que errou, pela coerência, eu vou falar aqui e reconhecer que o gestor errou”.

“Agora o que não dá é tentarem transformar Antônio Passos, um homem com o legado que ele tem, que não construiu patrimônios e que nos ensinou a trabalhar e manter nossa família com dignidade. Ele me orgulha muito. Só o fato dos mandados serem assinados pela juíza de Ribeirópolis já fica comprovado que não houve participação do prefeito, Caso contrário, a ordem teria que vir de um desembargador”, finalizou.

Por Habacuque Villacorte – Rede Alese

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