A denúncia partiu de Sandra, filha de um idoso de 66 anos, que é paciente renal e precisa realizar hemodiálise em Aracaju, cerca de 80km de distância do município de Lagarto.
“Eles não disponibilizam ônibus para o Centro de Hemodiálise de Lagarto, apenas para Aracaju. A gente vai de van às 9h e retornamos às 18h. Meu pai é muito debilitado, para ele é melhor fazer o tratamento aqui, mas dizem que não tem transporte. Ele não foi transferido por causa do transporte, e eu acho isso um absurdo. Outras pessoas também gostariam de fazer o tratamento em Lagarto”, disse Sandra, moradora do Povoado Brejo, ao Programa Sergipe em Destaque, apresentado por Aclécio Prata, 102.7 FM, nessa quarta-feira, 9.
Ao vivo, ela criticou a prefeita Hilda de Gustinho (SD), esposa do vice-líder de Bolsonaro, deputado Gustinho Ribeiro (SD). “A doença chega para qualquer um, mas como ela tem dinheiro, sofre menos. Se fosse o pai ou a mãe dela, um parente, ela não faria isso”. Indignada, acrescentou que Hilda é uma prefeita ausente no município. “Ela é uma prefeita fantasma”.
Depois da denúncia, o pai de Sandra, assim como outros pacientes, aguardam um posicionamento coerente da prefeita e da Secretaria Municipal de Saúde, que preferem enviar os pacientes renais para Aracaju, gastando mais recursos com combustível e ignorando o desconforto aos enfermos e aos acompanhantes, com a justificativa de não haver transporte que realize o trajeto dentro do próprio município.