Aconteceu agora há pouco em Brasília, uma reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária, com a presença da ministra da Agricultura, Tereza Cristina Corrêa. De Sergipe estava presente o deputado federal Fábio Reis (MDB), que levou para o encontro a hibernação das fábricas de fertilizantes em Sergipe e na Bahia (Fafen), que pertencem à Petrobras.
Desde o dia 1º de fevereiro que ambas unidades encerraram a produção. Em nota, a estatal alegou que sua saída do “negócio de fertilizantes se deve à persistência de significativos prejuízos e consequente destruição de valor decorrente da operação desses ativos.”
Fábio Reis externou sua preocupação com as consequência sociais, uma vez que as duas fábricas têm potencial para empregar 1.500 trabalhadores e gerar mais de 5 mil empregos indiretos. Além disso, são responsáveis por 30% da produção de fertilizantes do País, que importa 70% dela a fim de abastecer a produção nacional de alimentos.
“Se o Brasil importa 70%, é porque temos mercado para essa produção. Se houvesse uma demanda baixa, até que poderia ser justificada a hibernação, mas o mercado tem condições de absorver uma produção duas vezes maior que a atual”, afirmou o parlamentar, que chamou a atenção para o risco do aumento de preços do fertilizante e, consequentemente, dos alimentos.
Fábio Reis fez um apelo pessoal à ministra para que intermediasse junto à Petrobras, soluções que impeçam o fechamento definitivo das unidades. “Houve uma reação extremamente positiva da ministra ao nosso apelo. Parlamentares da Bahia também reforçaram essa luta. Na próxima semana, deveremos ter uma reunião no Rio de Janeiro, na sede da Petrobras, com a diretoria e equipe técnica, para conhecermos mais essa problemática, e buscarmos saídas viáveis do ponto de vista econômico e social”, frisou.
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária é o deputado do Rio Grande do Sul, Alceu Moreira (MDB), que apoiou a luta dos colegas de Sergipe e da Bahia. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também participou da reunião e garantiu total apoio do Legislativo à causa.