Empresários sergipanos discutem o ambiente de negócios em Sergipe de forma inédita

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Para o presidente da ACESE, Marco Pinheiro, o momento é extremamente importante para a economia sergipana.

A Associação Comercial e Empresarial de Sergipe realizou, no último dia 09, mais uma edição do Almoço com Negócios. De maneira inédita, o evento foi realizado com a presença de quatro palestrantes, sergipanos, com foco no ambiente de negócios em Sergipe: José Augusto de Carvalho, secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sedetec); Juliano César Farias Souto, vice-presidente nacional da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores; Milton Andrade, coordenador do Fórum Empresarial de Sergipe; e Paulo do Eirado, superintendente do Sebrae em Sergipe.

Para o presidente da ACESE, Marco Pinheiro, o momento é extremamente importante para a economia sergipana. “Saímos do ‘mimimi’ em redes sociais para irmos ao modelo propositivo. Com essa iniciativa e o apoio do SEBRAE, poderemos sugerir ações que estimulem os negócios em Sergipe, adaptados ao que o Estado e o empresário sergipano realmente necessita”, explicou.

Segundo Pinheiro, é o empresário que entende como gerar empregos e, justamente por isso, é fundamental que ele seja agente ativo na fomentação de medidas para melhorar o ambiente de negócios. “Somos aqueles que geram empregos, que sabemos o quão difícil está o momento e somos nós quem mais desejamos empreender. Precisamos ser agentes ativos neste processo e este é o começo”, argumentou

O empresário e vice-presidente da ABAD, Juliano César, parabenizou o momento. “Admiro Marco Pinheiro pela iniciativa, que é importantíssima neste momento em que vivemos. Vim aqui para dividir minha experiência com meus colegas”, afirmou. “Entendo que estou aqui por nossa empresa ser local, sou a segunda geração da minha família e gostaria de transmitir o que me move no dia-a-dia. Todos os dias, acordo para além de comprar e vender, produzir para a sociedade sergipana, fomentando o empreendedorismo local”.

Segundo o coordenador do Fórum Empresarial de Sergipe, Milton Andrade, “o país deixou de ser mediano para se tornar um país hostil para investimentos, paramos de evoluir e passamos a regredir e a segurança jurídica também piorou”, lamentou. “O tripé para o desenvolvimento econômico é infraestrutura, mão de obra qualificada e segurança jurídica e, quando o poder público passa por uma situação como a que acontece neste momento, parcerias público-privadas podem ser a solução”, explicou. “Precisamos trazer o investimento privado para junto do Poder Público, pois quando o Estado está falhando, podemos explorar melhor nossas potencialidades”.

O superintendente do SEBRAE em Sergipe, Paulo do Eirado, explicou que Aracaju fica numa posição logística importantíssima. “Sergipe, se expandir um pouco seu horizonte, possui 30 milhões de habitantes, precisamos abrir nossa visão de mercado e de atuação. A infraestrutura precisa ser melhorada, mas temos uma necessidade relativamente reduzida para o potencial que possuímos”, explicou. “Precisamos oferecer Aracaju como capital de referência que pode receber os filhos dessa região, atrair mão de obra qualificada, e todas as qualidades e potenciais que possuímos, precisamos trabalhar nossas potencialidades, nossas vantagens, parar de buscar modelos e valorizar quem a gente é”, conclamou.

Para o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, José Augusto de Carvalho, Sergipe tem, atualmente, um cenário propício ao crescimento em diversos setores. “Precisamos conhecer e viabilizar nossos potenciais para estimular nosso Estado”, afirmou. José Augusto destacou também a participação do gás em Sergipe, com a perspectiva de retomada de parcerias semelhantes às que aconteciam no passado. “A expectativa é que diversos setores sejam reaquecidos com o mercado do gás em Sergipe”, explicou o secretário.

De acordo com Jouberto Uchôa, reitor da Universidade Tiradentes, é necessário união entre a classe empresarial. “Nós precisamos ser classe, ser unidos. Temos que nos somar, ousar. Crescemos e chegamos ao dia de hoje e temos compromisso com nosso Estado. Se não pensarem dessa maneira, vamos morrer nesta missão”, afirmou, ressaltando as dificuldades que não impediram que a Unit crescesse e desenvolvesse suas atividades. “Ousamos e nosso retorno é a qualidade”, concluiu.

Parceria com o SEBRAE

Para construir um ambiente econômico e fomentar ainda mais o empreendedorismo de maneira democrática com os empresários, o SEBRAE em Sergipe se associou à ACESE para entender as dificuldades e demandas que necessitam ser resolvidos para que o ambiente de negócios em Sergipe melhore. Com este objetivo, foi sugerido aos presentes que apresentem a atual situação de seus negócios, seus entraves e abrir o debate para que as sugestões da classe empresarial possa ser ouvida.

Segundo Marco Pinheiro, o SEBRAE passa a ser também agente fundamental na construção de políticas públicas. “Com a capacidade técnica do SEBRAE e o conhecimento de cada um dos empresários presentes que interagiram conosco, poderemos sugerir ações que gerem políticas efetivas, estimulando o empreendedorismo, gerando emprego e renda e a transformação do atual cenário, combatendo a crise econômica de forma inteligente e inovadora”, concluiu.

Por Ascom

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