Em busca de recursos, Consórcio Nordeste fará giro pela Europa em novembro

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Bloco regional recém-criado busca investimentos e parcerias internacionais para obras de infraestrutura e tecnologia.

O Consórcio Nordeste – entidade criada pelos nove governadores da região para formular estratégias comuns de gestão e desenvolvimento – fará em novembro sua primeira viagem internacional com o objetivo de obter recursos e parcerias.

Uma delegação da entidade deve visitar Itália, França, Alemanha e Espanha – com possibilidade de a viagem se estender até Rússia, China e Coreia do Sul. Nas rodadas de negócios, os governadores e seus representantes devem buscar financiamento para projetos de infraestrutura, como saneamento básico e tecnologia, por exemplo, redes de fibra ótica.

Para a vice-governadora do Ceará, Izolda Cela (PDT), a unidade regional demonstrada pelo consórcio deve ter grande poder atrativo sobre investidores estrangeiros. “A área de energia renovável, como a eólica e a solar, é um potencial muito forte nosso”, exemplifica.

Os nove estados do Nordeste (Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão e Piauí) têm um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 889 bilhões, o equivalente a cerca de 14% do PIB brasileiro – os últimos dados disponíveis do IBGE são de 2016. São quase 60 milhões de habitantes distribuídos por 1.794 cidades, cobrindo uma área de 1,5 milhão de quilômetros quadrados.

Articulação

Lançado oficialmente no dia 29 de julho, com sede provisória em Salvador (BA) e presidido neste primeiro ano pelo governador baiano Rui Costa (PT), o Consórcio Nordeste também pretende otimizar instrumentos de gestão, como a realização de compras governamentais em conjunto, de maneira a reduzir preços por ganho de escala.

A ação articulada deve trazer bons resultados para setores como a Saúde, segundo acredita o médico de família e professor universitário Aristóteles Cardona Júnior. Ele cita como exemplo um caso de Petrolina (BA).

“A gente tem um hospital universitário que é referência no tratamento de traumas de acidentes de trânsito para uma região que pega cidades da Bahia, de Pernambuco e Piauí. Normalmente, há uma briga, uma disputa muito grande sobre quem bota dinheiro, quem não bota, quem precisava botar mais, e não sei o quê. Aí o consórcio vem no sentido de ajudar neste diálogo para que, em conjunto, todos possam gastar melhor os recursos”, argumenta o médico.

Outra área que poderá ganhar com o consórcio, na avaliação da vice-governadora cearense, Izolda Cela, é a da segurança pública, a partir da troca de informações e tecnologias de combate à criminalidade.

Informações Brasil de Fato 

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