Fazendo uma análise da sucessão eleitoral em Aracaju, o presidente estadual do PRB, Jony Marcos considerou que o agrupamento de esquerda, tendo como principais partidos o PT e o PCdoB do prefeito Edvaldo Nogueira, tem a maior intenção de votos da capital. No entanto, pela falta de uma liderança política que mantenha essa aliança coesa, é possível que ocorra uma divisão com candidatos separados de cada sigla.
Enquanto Edvaldo é candidato à reeleição, o PT prepara para lançar as candidaturas do vice-presidente nacional do partido, Márcio Macêdo ou a vice-governador Eliane Aquino à Prefeitura de Aracaju. “Sem dúvida qualquer divisão enfraquece um agrupamento. Mas as negociações ainda estão no seu início, e tudo pode acontecer”, diz.
Para o presidente do PRB, a candidatura de Eliane Aquino hoje é a mais forte dentro do PT. Ele lembrou do seu ex-marido, o governador Marcelo Déda que, segundo ele, se estivesse vivo, seria uma grande liderança nacional da esquerda, “quem sabe até mesmo presidente da República”.
“Déda sempre foi justo com as lideranças políticas sergipanas, sempre citando-as em seus discursos. Sejam elas vivas ou já mortas. Quando Déda renunciou ao cargo de prefeito para disputar o governo de Sergipe, fez um discurso brilhante na praça Fausto Cardoso, comparando Aracaju com as cidades gregas, com seus soldados espartanos, berços de culturas, de grandes pensadores e de nomes que não fugiam à luta, como ele, que deixava o cargo de prefeito para uma disputa sem saber se sairia vencedor”, lembrou Jony Marcos.
Para o presidente do PRB, Eliane é a pessoa que guarda essa melhor porção de Déda em Sergipe. “O que explica Eliane, que nunca foi uma agente política e de repente sai a vice-prefeita de Aracaju, dois anos depois a vice-governador e ganha as duas vezes, tornando-se hoje um dos nomes mais lembrados para a Prefeitura de Aracaju? Porque ela guarda essa memória, esse legado de Marcelo Déda. Seria uma grande candidata a prefeita”, avalia Jony Marcos.