Confira a entrevista do vice-presidente estadual do MDB, Sérgio Reis, sobre o grupamento Saramandaia e o atual cenário político de Lagarto

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O vice-presidnete estadual do MDB e ex-deputado federal, Sérgio Reis, concedeu uma entrevista ao meio de comunicação Cotidiano Lagartense, referente a política de Lagarto, Grupo Saramandaia, além de outras temáticas relevantes ao município de Lagarto.

Confira : 

(COTIDIANO LAGARTENSE) Sr. SÉRGIO,  recentemente numa reunião amplamente divulgada pela imprensa em Lagarto, o grupamento Saramandaia fez questão de passar para a população a disposição de disputar as eleições do próximo ano de forma coesa, unida, (inclusive comenta-se à boca miúda ter sido V. Sa o artífice desta União), mesmo sem apontar nomes a essa disputa, circula em rodas de conversa que o nome que mais se destaca para esse intento seria o de vossa senhoria, neste sentido, caso se confirme as previsões, “Sérgio Reis” estaria preparado para cumprir essa tarefa em nome do grupamento?

(SÉRGIO REIS) É verdade que fizemos uma reunião ampla da Família Reis com o nosso agrupamento, envolvendo vereadores e lideranças políticas. Nesse encontro deixamos bem claro que eu, o deputado federal Fábio Reis, a deputada estadual Goretti Reis, e o ex-prefeito e ex-deputado federal Jerônimo Reis estarão unidos em torno da escolha de um nome para disputar a Prefeitura de Lagarto ano que vem. Todos os quatro reúnem condições e preparo para assumir essa missão. No momento certo, e ouvindo sempre as vozes das ruas de Lagarto, escolheremos o Reis que colocará seu nome à disposição dos eleitores. O mais importante é que estamos unidos e, independente de quem será escolhido, terá o apoio dos demais. Sendo o meu, irei encarar com muito orgulho e firmeza esse desafio.

(C.L.) Sr. SÉRGIO, com a mudança na lei eleitoral que proíbe as coligações proporcionais, deu aos partidos políticos uma certa importância e independência, haja vista o número de agremiações em nossa cidade que demonstram o desejo de lançar candidato à majoritária, contudo esses partidos iniciam essa pretensão com o discurso de “combater a velha politica” referindo-se aos grupos tradicionais em Lagarto, neste aspecto vossa senhoria acredita que o eleitorado lagartense será fiel à tradição que costuma permear as eleições municipais, polarizado-a em torno de dois grupos políticos?

(S.R.) Entendo que a questão não é a velha versus a nova política, mas de segurança no futuro. Lagarto é o maior município do interior de Sergipe e não pode se aventurar em opções administrativas sem respaldo, conhecimento ou experiência. Nosso município tem inúmeros desafios e exige gestores preparados, que conheçam a realidade de Lagarto e tenham condições de buscar as soluções através de medidas inovadoras e parcerias, sejam elas com as instâncias públicas ou a iniciativa privada.

(C.L.) Sr. SÉRGIO,  o legislativo municipal tem um papel importante e fundamental para o desenvolvimento do município, isso é fato. Uma oposição bem posicionada politicamente dá segurança inclusive ao eleitorado de que suas demandas serão efetivamente cobradas e fiscalizadas pelo poder legislativo, contudo analisando a atual conjuntura política em nossa cidade, nós enquanto cidadãos comuns podemos perceber um enfraquecimento do discurso dessa oposição; na opinião de vossa senhoria este não seria um sinal claro de que esta se encontra acéfala? Sem comando?

(S.R.) Não vejo dessa forma. Nossos vereadores de oposição têm exercido muito bem o seu papel, levando temas de interesse da população para a tribuna da Câmara e denunciando os desmandos e irregularidades da gestão municipal. Na verdade, a oposição tem levado os reclames dos lagartenses que clamam por melhorias nos serviços públicos. Falta infraestrutura, saúde, iluminação, coleta de lixo, enfim, ações que são obrigação da gestão municipal, mas que não estão sendo realizados a contendo. E essas reclamações respaldam no Legislativo através dos nossos vereadores, que têm feito um trabalho firme de cobrança e melhorias desses serviços.

(C.L.) Sr. SÉRGIO, o grupamento Saramandaia nas últimas eleições não logrou êxito em eleger seu representante para o executivo, numa clara demonstração de descontentamento da população pelos rumos dados à administração na época; o senhor acredita que esta página já foi superada pelo eleitorado?

(S.R.) Temos que reconhecer nossas falhas, e a última experiência da indicação de um nome pela Família Reis não foi aprovado pela população, e por isso pagamos caro. No entanto, os lagartenses também perceberam o fiasco administrativo do agrupamento adversário, que colocou Lagarto na sua maior crise política. Hoje, temos uma vice-prefeita governando e um prefeito que pode voltar a qualquer momento, gerando instabilidade e insegurança administrativa. Cada eleição é uma realidade, e a de 2020 temos convicção que irá referendar o retorno do agrupamento Saramandaia para corrigir os desmandos provocados desde 2017 em nosso Município.

(C.L.) Sr. SÉRGIO, ultimamente em aparições de V. Sa. nas redes sociais têm usado o slogan “vamos fazer diferente?” “Tamo juntos?” Neste sentido, esse quase “bordão” refere-se a  tendência de se operar politicamente diferente do que fora praticado até  então? Seria um prenúncio do sepultamento da “política do toma lá dá cá?”

(S.R.) Estamos em um processo constante de transformações na política, principalmente com o advento das redes sociais que tornaram a voz do cidadão ativa, participante e com poder de mudar as decisões de governo, sejam eles municipais, estaduais ou federal. Nós, políticos, temos que estar atentos aos anseios da sociedade, e isso é fazer diferente, extinguindo-se aquele modelo de fazer política de gabinete, com ideias e discursos prontos.

(C.L.) Sr. SÉRGIO, Lagarto  é uma cidade que hoje ultrapassa os 100.000 habitantes, paralelo a isso cresce na mesma medida os problemas nas áreas de segurança pública, saúde, habitação entre outros, às vésperas de uma eleição municipal como vossa senhoria analisa a atual conjuntura política em nossa cidade? O eleitorado na sua opinião está atento a essa situação?

(S.R.) A conjuntura política é complicada em virtude do agrupamento adversário ter levado Lagarto a essa enorme e preocupante crise política, agravada por um racha que mostra uma clara disputa por poder e não por projetos coletivos. O futuro prefeito deve estar atento a esse crescimento urbano por qual passa o nosso município, agravando demandas que são comuns na cidade de médio porte. Essa gestão mostra-se incapaz para encarar essa realidade. Não sabe nem fazer o básico, imagine pensar e executar soluções para a Lagarto do futuro, que o cidadão merece, com condições de saneamento, transporte, segurança, habitação, entre outras políticas públicas necessárias para uma boa qualidade de vida.

(C.L.) Sr. SÉRGIO, tradicionalmente o nome escolhido para vice numa chapa do grupamento saramandaia é o resultado da indicação do ex prefeito Zezé Rocha, contudo ultimamente vimos V.Sa. em duas ocasiões postando selfies ao lado de um determinado empresário de Lagarto, seria em tese esse referido empresário um nome a se cogitar para vice numa provável chapa tendo V. Sa como titular?

(S.R.) A discussão em torno do vice ainda não foi iniciada. Sobre as selfies, tenho feito várias com amigos, lideranças, empresários, e nenhuma delas tem relação com a escolha do vice. Essa definição se dará no tempo certo e será um nome identificado com o nosso agrupamento e, principalmente, com Lagarto.

Cotidiano Lagartense

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