A senadora Maria do Carmo Alves (DEM) manifestou o seu irrestrito apoio às entidades que se posicionaram contra a celebração do dia 31 de março, data de início da ditadura militar no Brasil. “Não podemos celebrar um período marcado pela dor e pelo sofrimento; de ausência de democracia. Isso é um retrocesso e, tenho certeza, que também representa um constrangimento para os que compõem as Forças Armadas do nosso país”, afirmou Maria.
Ela lamentou que o governo federal não tenha demonstrado sensibilidade ao propor comemorar um dos “períodos mais tristes e assombroso da nossa história”, gerando desgaste e sujeição aos brasileiros. “Não podemos louvar a quebra do estado democrático; não podemos compactuar com a privação da liberdade”, disse a senadora sergipana, observando que entidades, como o Ministério Público Federal foram extremamente assertivas ao orientar para que, por dever de obediência à Constituição brasileira, os militares das Forças Armadas não participem de manifestações públicas em comemoração ou em homenagem ao período de exceção instalado a partir do golpe militar de 64.
Em documento, encaminhado aos comandantes das três Forças Armadas em Sergipe, o Ministério Público recomendou que todos se abstenham de promover qualquer ato do tipo e adotem providências para que todos os militares subordinados a eles cumpram a medida. “Eu me somo a essa recomendação por entender que a ditadura militar não foi um momento que mereça ser exaltado por nenhum de nós, independente, de termos vivido as dores provocadas por esse duro golpe”, afirmou Maria do Carmo.