Candidatos derrotados da REDE e do PPS em todo o Brasil lotam gabinete do senador “sergipano”

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Nascido em Passo Fundo, interior do Rio Grande do Sul, o senador por Sergipe, Alessandro Vieira (PPS), disse no começo de dezembro do ano passado, ao jornal Folha de S. Paulo, que planejava realizar um concurso para escolher 15 colaboradores para iniciar no seu mandato.

De acordo com a matéria, o senador se organizava com outros dois eleitos do movimento de renovação política, Acredito, “com intuito de criar um gabinete coletivo com assessores trabalhando de forma compartilhada ao mesmo tempo.”

Segundo a publicação, o caso se repete com parlamentares novatos de todo país, que afirmam querer “romper com a tradição de nomear indicados por partido”.

No entanto, parece que na prática não é bem assim. Levantamento realizado pelo Portal mostra que o critério de escolha do senador tem sido o de apadrinhar políticos do PPS e da REDE, seu ex-partido, derrotados nas eleições de 2018. Isso mesmo! E onde estaria o “rompimento com a tradição de nomear indicados por partido” afirmado ao jornal Folha de S. Paulo?

Da Rede, o senador nomeou em seu gabinete para trabalhar por Sergipe, o candidato derrotado a deputado federal, Felipe Oriá (PPS), que teve 11.920 votos (salário de R$ 13.884,28). Também foram apadrinhados da REDE, a candidata a deputada federal pela Bahia, Camila Godinho (salário de R$ 11.350,08); a candidata a deputada estadual por São Paulo, Alessandra Monteiro (salário de R$ 13.884,28); e o candidato a deputado federal por Goiás, Zé Frederico, que tem o salário mais alto entre os cargos no Senado: R$ 17.319,31. Os quatro salários somados, a despesa mensal com eles chega a mais de R$ 56 mil reais.

Esclarecimento

O senador Alessandro Vieira emite nota de esclarecimento sobre a polêmica envolvendo a nomeação de candidatos à deputados derrotados nas eleições 2018 e de seu suplente:

1) O gabinete no Senado pode contar com até 55 assessores de livre nomeação, a um custo mensal de R$ 227 mil.

2) Em Aracaju, a equipe […] conta com 7 pessoas, sendo 2 contratadas via processo seletivo.

3) O gabinete integrado, em Brasília, conta com 6 servidores, dos quais 3 são vinculados ao Senado. Todos foram contratados via processo seletivo.

4) O gabinete individual, por sua vez, conta com 12 integrantes, dos quais 11 ingressaram via processo seletivo.

6) Os colegas do movimento Acredito Alessandra Monteiro, Felipe Oriá e Camila Godinho participaram do processo seletivo, juntamente com mais de 16 mil inscritos. Os três contam com currículos exemplares.

7) José Frederico não participou do processo seletivo, pois foi escolhido como chefe de gabinete, posição que demanda uma relação de confiança maior, impossível de captar via processo seletivo.

8) Em Aracaju, Hebert Pereira, Uilliam Pinheiro, Fernando Prado, Aprígio Neto e Laisa Bomfim participaram da campanha em funções estratégicas. Permaneceram na equipe pelos respectivos currículos e pelo vínculo de confiança com os voluntários e com o próprio senador.

9) Não aconteceu nenhuma indicação do partido ou de algum dos movimentos que integro.

10) Não menos importante, não tem laranja, parente, fantasma ou pessoa sem o mínimo de capacidade técnica para ocupar cargo público.

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