Brasil é o país mais ansioso do mundo

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Nathan Cowley/Pexels

De acordo com dados apresentados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil sofre uma epidemia de ansiedade com mais de 18,6 milhões de pessoas convivendo com transtorno.

O uso de medicamentos para tratar o transtorno ainda permanece como um tabu para a população. Segundo o psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas,Daniel Martins de Barros, é difícil para os pacientes aceitarem o uso do medicamento e depois do uso aceitar que não precisa mais dele. “As duas frases que eu mais ouço na clínica são ‘eu não queria tomar remédio’, na primeira consulta, e ‘eu não queria parar de tomar os remédios’, na consulta seguinte. A gente tem muita resistência porque existem muitos mitos: ficar viciado, bobo, impotente, engordar”.

O psiquiatra explica que os efeitos medicamentosos existem em todos remédios e eles serão receitados apenas quando houver uma relação de custo-benefício para o paciente, ou seja, quando a reação ou efeito for menor que o perigo de continuar com os efeitos do transtorno.

Neury Botega, psiquiatra da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), afirma que há 30 anos os médicos dispunham de recursos inadequados para tratar ansiedade. “Ou usávamos drogas bem pesadas, como barbitúricos, ou as que existem até hoje, como as faixas pretas, os benzodiazepínicos. Por isso, nós vimos várias tias, avós, viciadas em remédios e essa é uma das imagens gravadas quando pensamos em tratamentos psiquiátricos”.

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