Brasil cria 408 mil empregos formais no 1º semestre, maior saldo em 5 anos

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Somente em junho, foram abertas 48.436 vagas com carteira assinada. Dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.

A economia brasileira gerou 408.500 empregos com carteira assinada no primeiro semestre deste ano, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (25) pelo Ministério da Economia.

O saldo é a diferença entre as contratações e a demissões. Nos seis primeiros meses deste ano, o país registrou 8.221.237 contratações e 7.812.737 demissões.

De acordo com o governo, trata-se do melhor resultado, para este período, desde 2014, ou seja, em cinco anos. No mesmo período do ano passado, por exemplo, foram abertas 392.461 vagas com carteira assinada.

Os números de criação de empregos formais do primeiro semestre, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo nos meses de janeiro e maio. Os dados de junho ainda são considerados sem ajuste.

Após três anos seguidos de demissões, a economia brasileira voltou a gerar empregos com carteira assinada em 2018, quando foram abertas 529.554 vagas formais, de acordo com dados oficiais.

Mês de junho e saldo em 12 meses
Os números oficiais do governo mostram também que, em junho deste ano, a criação de empregos formais somou 48.436 vagas com carteira assinada. Segundo o governo, esse é o melhor resultado para esse mês desde 2013 – quando foram abertas 123.836 vagas formais.

Já nos últimos 12 meses, segundo o Ministério da Economia, foram criados 524.931 postos de trabalho formais. Com o resultado de junho, o estoque de empregos estava em 38,819 milhões no final do mês passado. No final do mesmo mês de 2018 eram 38,294 milhões.

Por setores
Os números do governo revelam que, no primeiro semestre deste ano, houve abertura de vagas em sete dos oito setores da economia.

O maior número de empregos criados aconteceu no setor de serviços. Já o comércio foi o único setor que demitiu no período.

Indústria de Transformação: +69.286
Serviços: +272.784
Agropecuária: +75.380
Construção Civil: +57.644
Extrativa Mineral: +3.181
Comércio: -88.772
Administração Pública: +15.657
Serviços Industriais de Utilidade Pública: +3.340

Dados regionais

Segundo o governo, houve abertura de vagas formais, ou seja, com carteira assinada, em quatro das cinco regiões do país nos seis primeiros meses deste ano.

Sudeste: +251.656
Sul: +111.455
Centro-Oeste: +76.110
Norte: +4.472
Nordeste: -35.193

Trabalho intermitente e parcial

Somente no mês de junho deste ano, segundo o Ministério da Economia, foram realizadas 15.520 admissões e 5.343 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente. Como o total de admissões nessa modalidade foi maior que o de demissões, houve um saldo positivo de 10.177 empregos no período.

O trabalho intermitente ocorre esporadicamente, em dias alternados ou por algumas horas, e é remunerado por período trabalhado.

No mês passado, as principais contratações dentro dessa modalidade de contrato foram: vigilante, porteiro de edifícios, recepcionista, bombeiro civil, assistente de vendas, recepcionista de casas de espetáculo, faxineiro, vendedor do comércio varejista, porteiro de locais de diversão e soldador.

Foram registradas ainda, no mês passado, 5.922 admissões nas novas modalidades de regime de trabalho parcial e 4.495 desligamentos, gerando saldo positivo de 1.427 empregos.

As novas modalidades de trabalho parcial, definidas pela reforma trabalhista, incluem contratações de até 26 horas semanais com restrições na hora extra ou até 30 horas por semana sem hora extra.

Salário médio de admissão

O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.606,62 em junho. Em termos reais (após a correção pela inflação), houve alta de 1,56% no salário de admissão, ou de R$ 24,79, na comparação com o mesmo mês de 2018.

Em relação a maio de 2019, porém, houve uma alta real de 1,42%, ou de R$ 22,57, no salário médio de admissão, informou o Ministério da Economia.

 

Por G1

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