Por Narcizo Machado
Com a tardia sentença judicial que inocentou Valmir Monteiro do crime de improbidade administrativa, o clima eleitoral em Lagarto ganhou novos contornos.
Na decisão judicial, há uma clara citação da inexistência de desonestidade e dolo ao erário na conduta de Valmir Monteiro, que foi afastado do comando da Prefeitura e chegou a passar mais de 100 dias preso. Com isso, um clima de injustiça começou a tomar conta da cidade.
Desde 2018, circulam informações de que, supostamente, Gustinho Ribeiro teria agido para expurgar Valmir da Prefeitura, ‘mexendo os pauzinhos’ com sua influência para supostamente influir em decisões judiciais.
Sandra Monteiro, irmã do ex-prefeito, revelou nessa quinta-feira, 5, em entrevista ao Jornal da 102, que existiu fraude em prova usada para acusar Valmir de desvio de recursos no caso do matadouro.
Mesmo não sendo ela, a candidata Rafaela, a autora da suposta trama, nem estando ela em atuação política ativa à época dos fatos, é ela a única que pode ser apontada como herdeira política do agrupamento que teria se beneficiado da suposta trama contra Valmir. Este é o risco.
A notícia caiu como uma bomba em Lagarto e poderá impactar na campanha de Rafaela.
O fato é que todo esse clima poderá levar o eleitorado de Lagarto a definir o voto de forma emotiva e numa espécie de homenagem a Valmir.
Haveria, segundo analistas da política lagartense, um efêmero risco de os eleitores migrarem para os demais candidatos: o Professor Benizário (PT), Neto Ribeiro (PSOL) ou Sérgio (PSD), penalizando Rafaela, herdeira dos Ribeiro, por todas as recentes revelações.
Outro fato que chama atenção é que membros da família de Valmir Monteiro optaram em pregar o voto em Sérgio (PSD).
É aguardar para ver se esta tendência se consolida.