Em entrevista concedida aos radialistas Cláudio Leite e Jairo Alves, na Rádio Cultura, o presidente estadual do PSB e ex-deputado federal, Valadares Filho, manifestou preocupação com a crise social gerada pela Covid-19 e cobrou uma ação mais forte por parte do Governo de Sergipe para mitigar os efeitos socioeconômicos da pandemia na vida da população.
Hoje não temos uma política social do tamanho do problema que enfrentamos. O estado concede um auxílio mensal no valor de R$ 100,00 que atende 30 mil sergipanos, mas isso é pouco diante do que estamos vivendo no interior sergipano e nos bairros periféricos da nossa capital. Infelizmente, as pessoas mais carentes estão passando fome como há décadas não se via no Brasil. Isso tem que ser olhado em relação ao nosso estado”, afirmou Valadares.
De acordo com ele, o Governo estadual demonstra falta de planejamento e organização lógica no que diz respeito às reuniões do comitê técnico-científico, uma falha que acaba impactando na avaliação das ações propostas.
“Entendo que estamos vivendo uma excepcionalidade e ninguém é o dono da verdade neste momento. As decisões podem mudar de um dia para o outro. Por essa razão, eu defendo que a reunião do comitê aconteça pelo menos três vezes por semana. Esse encontro permanente seria importante para fortalecer o debate e amadurecer as ideias antes que um novo decreto fosse publicado”, disse Valadares, complementando.
“Sobre as medidas restritivas, notamos que muitas vezes elas têm sido extremamente necessárias, mas ultimamente também estão sem planejamento e objetividade. O que torna difícil mostrar os resultados à sociedade, apontando como os protocolos adotados estão trazendo mudanças signigicativas em relação à diminuição do número de casos e de ocupação de leitos, por exemplo. Neste sentido, acho que as últimas medidas e decretos não foram suficientemente esclarecedores”, considerou o ex-deputado federal.
Segundo o presidente estadual do PSB, a atuação do Governo de Sergipe também está aquém do esperado no aspecto econômico. “O setor produtivo não tem um aporte significativo. Teve apenas acesso a créditos fornecidos pelo Banese, que empresta dinheiro como sempre fez. O Estado poderia debater uma agenda econômica positiva, com foco na redução de taxas e revisão do ICMS. Isso criaria condições para o setor produtivo se manter durante a pandemia. Dessa forma, o Governo estaria contribuindo para frear a queda no faturamento e garantir o emprego dos sergipanos”, concluiu Valadares Filho.
POR ASCOM/PSB