Adema diz que trabalho in loco comprova eficácia de barreiras de contenção

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Praia do Mosqueiro com novas manchas neste domingo (13) — Foto: Reprodução/Adema/Arquivo

Após o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmar que iria cumprir a determinação da Justiça Federal e colocar as barreiras de contenção em rios de Sergipe, mas alegar que elas não seriam eficientes para conter as manchas de óleo, o diretor-presidente da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), Gilvan Dias, disse nesta terça-feira (15), que a escolha pelo material ocorreu com avaliação técnica.

De acordo com o diretor-presidente, a eficácia foi comprovada após a instalação, neste último sábado (12), de barreiras no Rio Vaza-Barris pelo Governo de Sergipe. O monitoramento é diário e acompanhado de relatórios técnicos e fotográficos.

“Temos o resultado das barreiras que já colocamos. Sabemos que elas não garantem 100%, mas que diminuem consideravelmente o aparecimento dessas manchas em locais sensíveis”, argumenta o diretor-presidente da Adema.

equipamento foi colocado pela gestão estadual, ao custo de R$ 7 mil por dia, após um impasse entre a Petrobras e o estado, que motivou um pedido do Ministério Público Federal em Sergipe (MPF-SE) e foi acatado pela Justiça Federal também no sábado.

Pela decisão, a União deve se responsabilizar pela instalação das barreiras nos rios São Francisco, Japaratuba, Sergipe, Vaza Barris e Real. Devido à emergência do caso, a Justiça dispensou o governo federal de fazer licitação para comprar os equipamentos. A multa, em caso de descumprimento, é de R$ 100 mil por dia.

Ricardo Salles, veio a Aracaju na segunda-feira (7), para avaliar o litoral sergipano, após o governo estadual decretar, no dia 5 de outubro, situação de emergência, que foi reconhecida nesta segunda-feira (14) pelo Ministério do Desenvolvimento Regional.

O estado de Sergipe vem, desde o dia 24 de setembro, sendo atingido pela substância que toma 166 localidades dos noves estados do Nordeste.

Além disso, o Projeto Tamar suspendeu a soltura de filhotes de tartarugas marinhas por conta do problema e as manchas atingiram a área de praia do maior berçário de tartarugas da espécie oliva do país, na reserva Santa Isabel, que fica em Pirambu.

As manchas

O estado de Sergipe vem, desde o dia 24 de setembro, sendo atingido pela substância que toma 161 localidades dos noves estados do Nordeste, entre elas, ao menos, 12 unidades de conservação do país e afeta o turismo e as comunidades pesqueiras.

Nesta segunda-feira (14), novas manchas de óleo foram encontradas na Praia de Pirambu, Litoral Norte de Sergipe, e na Praia dos Artistas, em Aracaju, além de terem surgido, pela primeira vez, no Rio do Sal, localizado em Nossa Senhora do Socorro (SE).

Nesta segunda-feira (14), novas manchas de óleo foram encontradas na Praia de Pirambu, Litoral Norte de Sergipe, e na Praia dos Artistas, em Aracaju, além de terem surgido, pela primeira vez, no Rio do Sal, localizado em Nossa Senhora do Socorro (SE).

A substância oleosa que atinge o litoral nordestino desde o fim de agosto alcançou todas as 17 praias de Sergipe, de acordo com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs). As manchas começaram a aparecer no estado no dia 24 de setembro.

Segundo o órgão, as praias afetadas são as seguintes:

Litoral Norte

  • Pacatuba: Ponta dos mangues
  • Pirambu: Praia de Pirambu
  • Barra dos Coqueiros: Atalaia Nova, Boca da Barra, Costa, Jatobá

Litoral Sul

  • Aracaju: Artistas, Coroa do meio, Atalaia, Aruana, Náufragos, Refúgio, Sarney e Viral
  • Itaporanga D’ajuda: Caueira
  • Estância: Abaís e Saco

G1

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