O presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi convencido a enviar ao Congresso uma proposta de reforma tributária. Com efeito, ela iria incluir a recriação de um tributo nos moldes da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Decerto houve uma promessa de campanha de não criar novos impostos. Todavia, o presidente mudou de posição após um esforço do ministro da Economia, Paulo Guedes. Mas tal iniciativa encontrou oposição do ministro da Casa Civil, Onyz Lorenzoni. Assim sendo, ele aconselhou mais de uma vez Bolsonaro a abandonar a ideia. Isso ecoou entre seus eleitores, e o fez desistir.
A pergunta que fica é o que isso significa sobre a importância de Paulo Guedes no governo. Segundo a Folha de São Paulo, há um contrapeso ao protagonismo de Guedes. Assim sendo, Bolsonaro tem feito consultas sobre assuntos econômicos com um grupo do governo. Este foi apelidado nos bastidores de “triunvirato”. Guedes, chamado de “posto Ipiranga” por comandar o debate da agenda econômica, agora divide as atenções nesta pasta. O “triunvirato” ouvido pelo Palácio do Planalto tem Onyx e os ministros Tarcísio Freitas (Infraestrutura) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
Folha de São Paulo