Apesar de o presidente Jair Bolsonaro ter afirmado há duas semanas e reiterado nesta segunda-feira que iria à 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas “nem que fosse de cadeira de rodas”, integrantes do Palácio do Planalto já admitem que o chefe do Executivo pode não comparecer ao evento na próxima semana em Nova York, nos Estados Unidos. Oficialmente, as razões alegadas são apenas restrições médicas. Bolsonaro se recupera de uma cirurgia para correção de uma hérnia, realizada no dia 8 de setembro
Entretanto, antes mesmo do procedimento médico, alguns assessores avaliam, reservadamente, que, após polêmicas envolvendo as queimadas da Floresta Amazônica, há também um risco político pelas possibilidades de protestos.
Entre os auxiliares e familiares do presidente, existe uma divergência sobre a ida ou não à ONU. A equipe médica que realizou a última cirurgia e pessoas próximas a Bolsonaro recomendam que ele não viaje para se preservar. Interlocutores disseram à reportagem que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, tenta convencer o marido a cancelar a viagem.