CRAM de Neópolis destaca o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio

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Dia 29 de julho é marcado como o Dia Estadual de Combate ao feminicídio. A prática, infelizmente muito recorrente, ocorre em muitos lares sergipanos todos os dias. Por definição, feminicídio é matar, assassinar mulher por motivo de violência doméstica ou por menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Em Neópolis há o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) “Marias”, que visa ajudar as mulheres vítimas de agressão, justamente para diminuir cada vez mais os índices de feminicídios.

No estado de Sergipe, os casos têm diminuído com os anos, mas continuam altos. De acordo com dados da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (Ceacrim) em parceria com o Observatório Beatriz Nascimento, foram contabilizados 20 casos em 2021, 19 em 2022 e 16 no ano passado. A coordenadora do CRAM de Neópolis, Samira Wanderley de Souza, destaca que no Brasil ao menos oito mulheres foram vítimas de violência doméstica a cada 24 horas. “A gente sabe que a violência doméstica, não é só física. É também a violência psicológica, patrimonial, moral e sexual”.

Samira explica que a diferença do feminicídio para outros crimes é a motivação direta de tirar a vida da mulher. “Muitas vezes o companheiro da mulher já vem em uma rotina de agressões que muitas vezes chegam ao feminicídio. O companheiro chega a tirar a vida da companheira em decorrência da violência doméstica ou pelo fato de ela ser mulher. Logo, um crime de ódio”, detalha.

Para se proteger o primeiro passo é nunca se calar. “Ela tem que denunciar, ela precisa pedir ajuda e hoje em dia, com a Lei Maria da Penha, as coisas melhoraram muito em relação à agilidade, os direitos, as garantias para as mulheres que são violentadas”, reforça a coordenadora, que lembra que o CRAM possui estrutura para ajudar as mulheres.

“No CRAM providenciamos para pedir uma medida protetiva caso a mulher esteja sofrendo alguma violência, bem como vemos se ela está sendo lesada em algum direito, como com relação à questão de guarda, de alimentos, o que for preciso, de um divórcio, de uma partida de bens, a gente faz todos os encaminhamentos, bem como para outros benefícios sociais se necessário. Lá o nosso trabalho é para convencê-las, a romper o círculo vicioso, a entender que um relacionamento tem que ser de respeito, de cumplicidade, de consideração, de amor”, completa.

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