“Se não puder ter filtro, nós extinguiremos a Ancine”, afirma Bolsonaro

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Foto: Adriano Machado / Reuters

Em Brasília, após solenidade em comemoração ao Dia Nacional do Futebol, nesta sexta-feira, dia 19. O presidente Jair Bolsonaro afirmou pretensão em subordinar a Agência Nacional do Cinema (Ancine), a alguma secretaria dos ministérios do governo. Também, enfatizou filtragem nas produções cinematográficas do órgão.

” Vai ter um filtro, sim. Já que é um órgão federal, se não puder ter filtro, nós extinguiremos a Ancine. Privatizaremos ou extinguiremos. Não pode é dinheiro público ser usado para fazer filme pornográfico”, disse Bolsonaro, em alusão ao filme Bruna Surfistinha, lançado em 2011.

O presidente completou sua fala. “Temos tantos heróis no Brasil e a gente não fala dos heróis do Brasil, não toca no assunto. Temos que perpetuar, fazer valer, dar valor a essas pessoas que no passado deram sua vida, se empenharam para que o Brasil fosse independente lá atrás, fosse democrático e sonha-se com um futuro que pertence a todos nós”, finalizou.

Repercussão 

O produtor de cinema Jairton Silva não concorda com Bolsonaro. ” O que ele chama de filtro me parece censura. É preciso espaço para produzir e liberdade para retratar temáticas. A Ancine não regulamenta pornografia, isso não existe. A Ancine regulamenta arte”, afirmou.

“Não se pode acabar com a Ancine, muitas pessoas trabalham arduamente nos projetos  desenvolvidos, colaborando para a economia do país”, concluiu o jornalista e estudante de cinema, Pedro Paulo.

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