O Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE) realizou recentemente uma audiência para discutir os elevados custos previstos para o Festival da Mandioca. A preocupação do TCE é que o evento possa causar um prejuízo significativo aos cofres públicos do município de Lagarto, levando à possibilidade de suspensão da festa por meio de uma Medida Cautelar. No entanto, devido à proximidade da data do Festival, alguns conselheiros decidiram permitir que o evento ocorra, concedendo um prazo de cinco dias para que a prefeita Hilda Ribeiro apresente justificativas ao TCE.
As investigações do Tribunal revelaram que o gasto estimado de mais de R$ 4 milhões apenas para a montagem e desmontagem das estruturas do Festival é o dobro do valor gasto no ano anterior para o mesmo evento. Além disso, foi constatado que a Prefeitura de Lagarto já havia realizado outra licitação superior a R$ 2 milhões em 2023 para montagem e desmontagem de estruturas de eventos e solenidades com vigência até julho de 2024. O prazo do processo licitatório também foi considerado inviável.
Durante a leitura do relatório, o conselheiro Flávio Conceição destacou a gravidade da situação, classificando o Festival da Mandioca como um “risco de grave lesão à ordem e à economia pública”. A análise aponta para a necessidade de uma avaliação cuidadosa dos gastos públicos e da viabilidade econômica do evento, com o objetivo de proteger os recursos municipais e garantir a transparência nas despesas.
Na última segunda-feira, 17, o radialista Narcizo Machado comentou sobre o tema no Jornal da 102, com transmissão do Portal SE79.