O antigo lixão do município de Lagarto já foi alvo de diversas críticas à gestão da prefeita Hilda Ribeiro. Além do mau cheiro que afetava os povoados vizinhos, as frequentes queimadas no local prejudicavam a qualidade de vida dos habitantes e o meio ambiente.
Após uma série de reivindicações da população e para cumprir o Pacto de Preservação Ambiental, estabelecido em conjunto com o Ministério Público de Sergipe e várias cidades do estado, o lixão foi fechado. No entanto, a falta de agilidade e empatia da atual administração municipal deu origem a outro problema: a sobrevivência dos catadores que antes tiravam seu sustento do local.
Embora o marketing da prefeita Hilda tenha prometido benefícios sociais e todo o apoio da prefeitura para auxiliar esses trabalhadores, relatos dos catadores indicam uma realidade diferente. Em vídeo de Bruno Acácio, que visitou o local, os trabalhadores revelaram que foram informados de que receberão apenas R$200 durante três meses, sem perspectiva de apoio posterior. Eles questionaram quando o valor será disponibilizado e reclamaram que a prefeitura não forneceu nem uma cesta básica enquanto aguardam o auxílio.
Mães e pais de família estão apreensivos, sem saber como vão conseguir colocar comida na mesa. Enquanto isso, a prefeita Hilda Ribeiro, esposa do deputado Gustinho Ribeiro, parece mais preocupada em promover sua imagem em vídeos de rede social.
Entretanto, há questionamentos que o marketing da prefeitura não poderá ocultar: Quando o valor estará disponível? O “auxílio” proposto pela prefeita é suficiente? Enquanto os trabalhadores passam dificuldades, sequer uma cesta básica será oferecida? Não haverá política de realocação dessas pessoas no mercado de trabalho, como, por exemplo, no setor da reciclagem? A prefeita e sua família conseguiriam sobreviver com R$200 reais?
São perguntas que aguardam o posicionamento da atual administração de Lagarto.
