‘Sergipe é aqui’ possibilita instalação de três novos sistemas de abastecimento de água rurais em Boquim

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Equipe da Coderse perfurando poço no povoado Meia Légua // Foto: Coderse

Dois poços tubulares estão prontos para a etapa de instalação dos sistemas de abastecimento, e um terceiro está na fase de perfuração para ampliar a oferta de água a cerca de 440 famílias rurais de Boquim. As demandas foram levadas ao Governo do Estado durante a 1ª edição do ‘Sergipe é aqui’, iniciativa que transferiu a sede do Governo para aquele município do sul sergipano no fim de março.

A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) executa a instalação desses sistemas de abastecimento de água comunitários em comunidades rurais, por meio da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), sua vinculada. O serviço atende a localidades distantes das redes convencionais de abastecimento urbano.

Até o momento, foram investidos, em recursos do Tesouro Estadual, aproximadamente R$ 100 mil na perfuração e bombeamento (com teste de vazão) dos poços dos povoados Mangue Grande e Meia Légua, etapas concluídas no fim de agosto, e na perfuração na Colônia Boquim, em  andamento.

O diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, explica que o trabalho foi iniciado por geólogos, perfuratrizes, sondadores, técnicos, compressores e, agora, vai passar para a etapa da instalação. “Com os dados dos testes de vazão dos poços já prontos, a empresa vai instalar a bomba submersa, parte elétrica, tubulação, e em alguns casos, reservatório e chafariz. São poços que irão dar reforço ao abastecimento que já existe nessas comunidades e que tiveram aumento na população com o passar dos anos”, justifica Paulo Sobral.

No Meia Légua, um poço perfurado em 1999 pela Coderse, abastece uma rede de distribuição de água residencial e chafariz geridos pela Associação de Desenvolvimento Agropecuário do Povoado e atende quase 300 famílias. O presidente da entidade, Cerisvaldo Cruz, conta que desde então, a demanda da comunidade só cresceu.

“Esse poço hoje não está tendo vazão, porque saímos de 60 casas para 236. Com a perfuração desse novo poço pela Coderse, que está faltando só a instalação de uma casa de bomba, vamos trabalhar todos os dias, porque hoje nós fazemos um rodízio na distribuição. Os moradores vão ficar satisfeitos com esse trabalho que acontece via Governo do Estado, do governador Fábio Mitidieri. Dando assistência ao nosso povoado”, revela Cerisvaldo Cruz.

Aposentada, nascida e criada no Meia Légua, Josefa dos Santos vive na comunidade com o marido e três filhos. Sua família doou o terreno onde foi perfurado o novo poço para atender à comunidade. “Foi para as pessoas terem mais água e fica melhor para todo mundo. Porque a água rende. Vai melhorar, graças a Deus”, agradece a moradora.

Já a dona de casa Adeilde de Menezes, que também toda a vida morou no Meia Légua, acredita que a oferta de água vai ser ampliada com o novo poço da Coderse e recordou a época anterior à criação da rede de distribuição.  “Antes a gente só tinha um chafariz, lá embaixo e hoje a água chega nas nossas casas. A gente paga apenas uma pequena mensalidade e a água é muito boa, da associação”, disse.

“Aqui nós temos um projeto que vai viabilizar a vida da gente, vai melhorar bastante. Com esse novo poço, nós estamos confiantes que vamos ter uma qualidade de vida melhor”, expôs Josefa Gonzaga, que mora em frente ao novo poço do Meia Légua, acompanhou a etapa de bombeamento e afirmou que a água é muito boa.

Mangue Grande

Ainda em Boquim, no povoado Mangue Grande, fica o Residencial Alcides Bispo de Lisboa. Na localidade, 60 famílias são atendidas pelo abastecimento, mas existe projeto de ampliação para mais casas. Para tanto, a Coderse vai instalar reservatório com chafariz no poço já perfurado e bombeado.

José Vieira, agricultor e presidente da Associação de Moradores, aponta que o novo sistema de abastecimento vai mudar a vida de todos. “Vai beneficiar todos aqui nesse conjunto, fora os outros daqui perto, né? Ajuda em tudo”, externou José Vieira.

Iraci Bernardes mora há dois anos no Mangue Grande e acredita que o poço perfurado na localidade, com 65,5m de profundidade, vai oferecer uma água de boa qualidade. “Vai melhorar sim, eu moro bem perto, vai ser ótimo. Tomara que ela venha logo”. Mesmo desejo têm o aposentado José Santana, há oito anos no Residencial Alcides Bispo de Lisboa. “Esperamos que chegue rápido. E esse poço é uma das coisas que precisava há muito tempo. Antes não tinha um poço e agora tem. É necessário e muito”.

Pioneira da localidade, com um sítio antes da construção do conjunto residencial, Maria Aparecida Pereira celebrou a iniciativa do Governo de Sergipe. “Graças a Deus esse projeto aqui vai ser bem próximo da minha casa. Não vou precisar me locomover, nem gastar com água mineral. A expectativa é maravilhosa, não vejo a hora de inaugurar, para a gente poder usar. Veio ajudar bastante, não só o conjunto, como a população próxima que vai vir pegar água aqui também, para beber”.

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