Não é nenhuma novidade a imprensa sergipana noticiar o nepotismo e os salários vantajosos pagos pela prefeitura de Lagarto aos cargos comissionados, ou seja, aos apadrinhados do grupo liderado pelo deputado Gustinho Ribeiro e pela prefeita Hilda Ribeiro.
Tanto é que, segundo consta no Portal da Transparência, o pai da filha da ex-secretária municipal de Saúde, Polyanna Ribeiro, trabalha como diretor administrativo e financeiro, com salário base de R$ 1.500. Porém, Martinho Lima recebe quase R$ 7 mil. O que justifica tamanha discrepância de valores?
No gabinete da prefeita Hilda Ribeiro, por exemplo, está alocado o ex-secretário de Planejamento, Adriel Alcântara, que agora atua como assessor geral, com salário base de R$ 3.300. Vale ressaltar que, o valor pago a ele, equivale ao salário de secretário, ultrapassando os R$ 10 mil.
Quem também trabalha no gabinete da prefeita e recebe salário equivalente ao de secretário é Bianca Ribeiro, prima do deputado Gustinho Ribeiro (esposo da prefeita da cidade). Ela ocupa o cargo de assessora extraordinária, com salário base de R$ 3 mil. No entanto, recebe mais de R$ 10 mil.
Não para por aí, se investigarmos mais no Portal da Transparência, encontraremos dezenas de comissionados que recebem valores bem acima da remuneração fixada. Para se ter uma ideia, são mais de dois mil contratos de cargos comissionados na prefeitura de Lagarto.
Ademais, surgem questionamentos: O que está por trás desses salários acrescidos? Por que Lagarto não realiza concurso público ao invés de contratar parentes e pessoas próximas da prefeita e do deputado Gustinho? O que a população de Lagarto ganha com esse montante de comissionados, uma vez que o dinheiro é do povo? É urgente o Ministério Público de Sergipe (MP/SE) investigar e solucionar essas lacunas.