No último domingo (2) aconteceu a 26ª edição do Casamento do Matuto, no povoado Colônia Treze, em Lagarto, porém, um fato lamentável tirou o brilho do tradicional evento junino.
Em entrevista ao Portal Lagarto Notícias, Vanderley, organizador da festa ao lado da família Moura, esclareceu alguns pontos acerca da polêmica envolvendo o evento no último final de semana.
Conforme Vanderley, a organização do Casamento do Matuto enviou ofício, previamente, para o 7º BPM (policiamento), Secretaria de Saúde (ambulância), DTTU (trânsito), Conselho Tutelar e Secretaria de Cultura solicitando as devidas autorizações para a realização do festejo.
“Ficou definido que em parceria com o Governo do Estado, o evento seria realizado das 14h às 20h, entretanto, após uma reunião na Secretaria de Cultura, o secretário Adriano Rocha solicitou que a Prefeitura de Lagarto tinha interesse em encerrar o evento no período da noite. A proposta foi aceita pela Comissão Organizadora”, esclareceu o organizador.
“Ainda durante a reunião na Cultura, que contou também com as presenças de Marcos do Balão e dos vereadores Marcelo de Denilson e Gordinho de Jorge da Laranja, o secretário Adriano afirmou que não precisava de alvará da prefeitura e que iria entrar em contato com o 7º BPM para fazer o comunicado”, pontuou Vanderlei.
Segundo Vanderley, uma semana antes do evento, a comissão esteve no 7º BPM e ficou tudo definido que o evento terminaria às 20h e a prefeitura assumiria a partir daí, porém, por volta das 18h40, faltando 1h20 para o prazo estabelecido ocorreu a bloqueio da via por parte de segurança particular.
“A festa acontece há 26 anos e nunca tivemos uma ocorrência dessa natureza. Fizemos tudo dentro do que manda as autoridades e fomos obrigados a encerrar o evento ainda dentro do prazo estipulado. Iríamos realizar uma homenagem para a professora Dona Neuza, uma das baluartes da festa, mas infelizmente não deu tempo”, destacou.
Vanderley também afirmou que durante a confusão ouviu algumas pessoas comentarem que a ordem para o bloqueio teria partido de uma autoridade lagartense. “Não tenho provas, mas algumas pessoas me contaram que ouviram um agente da segurança particular no telefone conversando com uma autoridade do município e ele teria afirmado que o trio com a banda Seeway não podia sair”, explanou.
Já com relação a não conclusão de todo o percurso do desfile, Vanderley explicou que devido ao engarrafamento da via e a falta de suporte para o retorno, achou por bem não seguir até o Açuzinho. “Tivemos com uma equipe da BPRv por volta das 11h fazendo todo o percurso e fomos autorizados sem problemas”, concluiu.
Confira os ofícios enviados para as autoridades competentes:
