Convidado pelo Governo de Sergipe a conhecer as potencialidades culturais, sociais e econômicas do estado, o embaixador da Irlanda no Brasil, Seán Hoy, esteve no Museu da Gente Sergipana nesta terça-feira, 27. Em passagem por terras sergipanas, o diplomata esteve em contato não só com a renda irlandesa, produção originária de seu país natal que hoje tem Sergipe como seu grande produtor, como conheceu histórias e trabalhos de Aracaju e do interior.
A visita ao Museu da Gente se seguiu a uma passagem pelo município de Divina Pastora, principal cenário da produção da renda irlandesa no estado. Para o embaixador, a imersão sergipana deverá trazer bons frutos em um período próximo. “Quero agradecer, mais uma vez, a toda a gente sergipana. Estou me sentindo em casa aqui. Esses dias estão sendo muito especiais para mim, porque vamos voltar e falaremos a todos os diplomatas sobre o potencial de Sergipe”, sublinhou.
A estada do embaixador irlandês em Sergipe atende a convite da gestão estadual por meio da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem). Para o secretário da pasta, Jorge Teles, o fortalecimento da produção artesanal sergipana é somente um dos resultados positivos trazidos pela visita.
“Hoje é um momento muito importante. Recebi diversas mensagens das rendeiras dizendo que este dia é um sonho realizado. Quando nós nos unimos, sempre existem coisas boas para o estado, e é isso que queremos mostrar hoje”, disse o secretário da Seteem.
A diretora de Artesanato da Seteem, Daiane Santana, destacou o papel do Governo do Estado em prol do fortalecimento dos artesãos em Sergipe. “Nesta gestão, estamos com o planejamento de uma estrutura para gerar emprego e renda de forma qualificada, com capacitação. E os artesãos devem se sentir parte desse processo. Historicamente, eles foram renegados às margens, mas estamos em um governo no qual o governador acredita, acima de tudo, no sergipano. Prova disto é que a Irlanda já abriu os olhos para o nosso produto, para a nossa renda irlandesa”, pontuou.
Para o diretor do Museu da Gente Sergipana e superintendente do Instituto Banese, Ézio Déda, apresentar a cultura de Sergipe para representantes de outras nações significa expor Sergipe aos olhos do mundo. “Este espaço celebra as manifestações da cultura sergipana, mas dialoga com a tecnologia. Então, estamos misturando tradição e futuro. Também apresentamos hoje projetos desenvolvidos no estado tendo a renda irlandesa como inspiração, desde a moda até a arquitetura. Junto ao Governo de Sergipe, também estamos com diversas propostas sendo conduzidas. Entre elas, está a Casa do Artesão Sergipano, cuja fachada deve exibir o desenho da renda”, relatou.
Recepção
O presidente do Banese, Marco Antônio Queiroz, recepcionou os presentes de forma calorosa. “Toda a entrega do embaixador, do secretário Jorge e do governador Fábio representam esperança para o povo sergipano. Esta é a casa do nosso povo. Então, sejam bem-vindos”, disse.
O secretário de Estado do Turismo, Marcos Franco, fez uma breve exposição sobre os investimentos do Governo do Estado no setor. “Estamos aqui para mostrar o potencial dessa indústria sem chaminé. A geração de emprego e renda é um dos eixos que norteiam a gestão, e o turismo promove essa movimentação”, salientou.
A presidente do Sebrae, Priscila Felizola, apresentou ações em prol da comercialização da renda irlandesa no estado. “O Sebrae busca promover a sustentabilidade social e econômica dos artesãos, incentivando o empreendedorismo, a gestão do negócio e a inovação. Queremos parabenizar ao Governo de Sergipe por essa visita, que representa a valorização do trabalho das artesãs, além de ser uma oportunidade única para fortalecer laços e explorar colaborações enriquecedoras”, avaliou.
Agenda
Ocorrendo nos dias 26 e 27 de junho, a visita do embaixador da Irlanda no Brasil, Seán Hoy, tem como objetivo principal a promoção do intercâmbio cultural e comercial da renda irlandesa produzida no município de Divina Pastora. Na ocasião, vem sendo articuladas tratativas sobre a viabilidade da realização de cursos, feiras e exposições envolvendo a produção artesanal. A expectativa do Governo de Sergipe e da Seteem é que, com o reconhecimento da nação na qual foi originada, a renda irlandesa alcance novos mercados e seja um impulsionador de laços e negócios.