O ex-deputado federal e pré-candidato a deputado estadual, Sérgio Reis (PSD-SE), concedeu entrevista ao Portal Lagarto Notícias. Confira:
Portal Lagarto Notícias – Como é para o senhor pertencer a uma família tradicional da política sergipana?
Sérgio Reis – Primeiro, pertencer à família Reis é motivo de muito orgulho pra mim, porque através do meu avô, onde tudo começou na família, foi possível enxergar que podemos fazer muito mais e contribuir de forma concreta e objetiva para melhorar a vida das pessoas. Segundo, porque é de um aprendizado sem tamanho. Aprendi que só é possível a transformação social através de muito trabalho, através da democracia, através do cidadão como um agente político. Aprendi muito e ainda tenho muito mais a aprender com a minha família e como homem público através do diálogo com a população.
PLN – Sérgio Reis vê política como vocação?
SR – Acho que parte vocação e parte é a necessidade que se tem de poder trabalhar em prol de uma comunidade, de um município, do estado. Vocação eu acredito que seja justamente esse chamado, essa necessidade de poder fazer mais. E, claro, que estando na política a gente tem essa oportunidade de transformar as coisas, de contribuir para a sociedade de forma significativa. Então minha vocação é: preciso e acredito que consigo fazer muito mais estando na política.
PLN – O senhor cumpriu um mandato de deputado federal no final da década de 90 e depois disso não disputou outros cargos públicos, por que agora decidiu retornar às disputas eleitorais?
SR – Nesse momento fui convocado. E a gente sente também quando é a hora de retornar para algo que a gente sabe que nasceu para aquilo. Mas a verdade é que eu nunca deixei a política, nunca deixei de trabalhar em prol da população. Estava nos bastidores, não nos holofotes. Eu não estava ocupando um cargo eletivo propriamente dito, como deputado, por exemplo, como já fui, mas sempre estive trabalhando na política, seja em secretarias municipais, como já fui também secretário de estado, ocupei cargos também em Brasília, e claro, trabalhando para as eleições e os mandatos do meu irmão, Fábio Reis. Mas agora eu fui convocado por amigos, por correligionários para poder ser o pré-candidato do PSD, uma vez que a deputada estadual Goretti Reis preferiu não disputar a reeleição nesse momento. Fui convocado pelo meu agrupamento e senti que poderia atender. E posso contribuir, e muito, na Assembleia Legislativa.
PLN – Quais projetos ou ações desenvolveu desde a sua passagem por Brasília até os cargos que ocupou na esfera estadual?
SR – Fiz muita coisa. Fui secretário de obras e secretário de saúde em Lagarto, num momento em que conseguimos colocar Lagarto como um dos municípios mais importantes do estado, em plena ascensão e progresso, com obras, construção de escolas, saúde que funcionava plenamente. Lagarto viveu seu momento áureo, digamos assim, porque trabalhávamos com bastante responsabilidade. Assim como foi também quando fui Secretário de Estado da Agricultura, no governo João Alves, sempre dando total atenção aos pequenos agricultores, o que ainda faço até hoje, porque sei que investindo na agricultura familiar estaremos gerando mais emprego, mais renda e desenvolvendo a agricultura como um todo no estado. Aliás, em Brasília, quando fui da assessoria especial da presidência do Sebrae nacional, também era nossa prioridade contribuir, de certa forma, para o empreendedorismo, para o crescimento, para a geração de emprego, gerar maior poder de compra. E não esquecendo que fui presidente da CODISE, época em que adquiri bastante experiência na questão de desenvolvimento econômico e geração de emprego.
PLN – Neste ano, o senhor vai defender o legado da família Reis em Sergipe e a força política do bloco na região para conquistar mandato na Alese?
SR – Com fé em Deus. Como disse, fui convocado por amigos do agrupamento para ser pré-candidato a deputado estadual pelo PSD. Aceitei o desafio e estou pronto para assumir essa responsabilidade e conquistar uma vaga na Assembleia Legislativa. Tenho certeza de que Lagarto e os municípios da região centro-sul também precisam dessa representação na Alese.
PLN – O senhor pretende seguir os ensinamentos e a experiência do seu pai e do seu avô na efetivação do mandato caso seja eleito?
SR – Sempre segui e é o que tenho feito. Meu avô, por exemplo, foi um dos políticos mais respeitados no estado e atuou muito bem na Alese. Não foram só os seus discursos, seus posicionamentos claros, sempre em defesa dos mais pobres, mas também como um político que atuou lado a lado com o povo. Não era um político de gabinete fechado, era de gabinete aberto e um político de campo, de atuação na rua, com a população. E isso eu levo comigo sempre. Um dos mais importantes ensinamentos.
PLN – Atualmente, como está o planejamento nesse período de pré-campanha?
SR – Estamos seguindo normalmente, conversando com as pessoas, mostrando como podemos atuar de forma objetiva para levar soluções e projetos de geração de emprego e renda, nosso jeito simples e efetivo de trabalhar. Tem dado certo. As pessoas estão se identificando. E isso está sendo revelado nas pesquisas. Na última agora da ECM/DATAFORM* para deputado estadual, estamos liderando. Fomos subindo nas últimas semanas e agora estamos como o pré-candidato mais citado.
PLN- Qual a bandeira o senhor pretende usar para convencer à população a votar em Sérgio Reis para deputado estadual?
SR – Bandeira da geração de emprego e renda, da saúde, da agricultura, em que temos projetos para pequenos agricultores, a bandeira também da diversidade, ao lado também das mulheres, uma bandeira muito importante e muito bem defendida pela deputada estadual Goretti Reis. E, para levar à frente bandeiras como essas, precisamos impreterivelmente do diálogo com a juventude.
PLN – O PSD é um partido forte em Sergipe, o senhor não teme enfrentar nomes como dos deputados Maisa Mitidieri, Luciano Bispo, Adailton Martins e Jeferson Andrade?
SR – Na corrida eleitoral, o pensamento tem que estar voltado para a população. É a população quem ganha com nomes do PSD como esses, com o nosso quadro político, um dos melhores com certeza do estado. Então isso é motivo de orgulho. E, claro, dividir uma cadeira na Alese com esses nomes citados é saber que Sergipe está muito bem representado.
PLN – O senhor já esperava pela indicação do nome do deputado Fábio Mitidieri como candidato a governador da base aliada?
SR – Fábio foi um nome que nós defendemos como pré-candidato a governo desde o início, então contávamos, claro, com a escolha do seu nome. Mas antes de tudo, na política, é preciso diálogo, é preciso entendimento, consenso, e nosso agrupamento chegou ao consenso que de fato o nome de Fábio para o governo era o melhor nesse momento. Fizemos essa defesa e hoje Fábio já está mostrando que a escolha foi acertadíssima, é só olhar as últimas pesquisas.
PLN – Sérgio pretende fazer parcerias em alguns municípios com o seu irmão, o deputado Fábio Reis?
SR – Sempre. Fábio é meu parceiro de vida e de política, somos uma dupla, com nossas diferenças para que haja essa completude. Então onde tivermos a oportunidade de fechar parcerias faremos. E óbvio que com parcerias quem ganha é a população.
PLN – Qual avaliação faz hoje do governo Belivaldo Chagas em Sergipe?
SR – Com toda a certeza e total segurança podemos afirmar que é um governo de ótima avaliação. Ele conseguiu fazer uma das coisas mais importantes para que fosse possível uma gestão funcionar bem e levar benefícios para a população que é a organização das contas públicas. Organizar as contas, pagar em dia fornecedores e servidores, colocar a casa em ordem. Com isso estruturado, foi possível fazer uma gestão responsável, uma das melhores do Brasil no combate à pandemia, inclusive, e trazer grandes obras, na área da saúde, principalmente, e na recuperação da infraestrutura viária de Sergipe.
PLN – Qual mensagem o ex-deputado Sérgio Reis deixa à população sergipana?
SR – Mensagem de confiança. De que podemos levar projetos, beneficiar a população com soluções que gerem emprego, renda, benefícios aos trabalhadores rurais e aos trabalhadores em geral. E a mensagem de que podemos fazer mais estando mais perto das pessoas, ouvindo as demandas e trabalhando com transparência e responsabilidade.
Pesquisa ECM/Dataform ouviu eleitores em 21 municípios do Estado, com 1.210 entrevistas de campo, entre os dias 6 e 9 deste mês, com análise de dados entre os dias 6 e 13. A margem de erro é de 2,82% e o intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi devidamente registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob número SE – 04834/2022.