O I Encontro dos Municípios Polo do G52 está ocorrendo desde ontem (21) em Natal (RN), porém sem a participação do município de Lagarto representando Sergipe ao lado de Aracaju e Itabaiana, fato lamentado pelo meio político, mas explicado pelo fato de que a gestão dos Ribeiro, tendo como prefeita a esposa do deputado federal Gustinho Ribeiro, Hilda, não conseguiu emplacar Lagarto como “cidade polo” nos últimos anos, mesmo o município tendo indústrias, importante campus nordestino de universidade federal, unidade do Instituto Federal e ainda sendo a maior população do interior do estado (fora da região metropolitana).
De acordo com a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), o evento pretende discutir com as 52 cidades mais importantes da região estratégias de desenvolvimento que levem em conta o potencial econômico indutor destes municípios. Perguntado ao ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Codise), Sérgio Reis, sobre o que faltou para Lagarto também fazer parte das discussões, ele foi enfático.
“Gestão. Quando não se tem um grupo de pessoas preparado para tomar decisões em favor do desenvolvimento e progresso de um município, tudo fica empacado. A cidade trava, a economia estagna, não há geração de emprego e renda como estamos vendo agora, a agricultura enfraquece. E Lagarto infelizmente tem demonstrado isso. Caiu nas mãos de um grupo político que não está preocupado com o coletivo, com o bem comum, mas ao que parece nos próprios interesses”, opinou.
Ele ainda citou que nos últimos anos Lagarto teve uma grande oportunidade de alavancar a economia e se transformar no município mais importante e pujante do interior, mas faltou competência administrativa para o Poder Executivo Municipal. “A gente sabe que o G52 foi formado a partir do conceito de cidades intermediárias proposto pelo IBGE, e ver que Lagarto ficou de fora é de se lamentar. Lagarto não merece ser tratada aos olhos de fora como ‘cidade pequena’. Isso escancara o longo caminho a percorrer para recuperar a economia do município para que ele volte a ter forte influência econômica regional”, completou.
O encontro será finalizado nesta terça-feira (22) com a identificação de demandas regionais para a Sudene, para o Banco do Nordeste, Sebrae e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Lagarto não terá voz e participação neste momento para fortalecer os interesses da região centro-sul do estado de Sergipe, mas espera-se que nos próximos anos o município consiga entrar nesse importante rol de “cidades polo” nordestinas.