O presidente interino do MDB sergipano, ex-deputado federal Sérgio Reis, descartou uma possível crise no partido no estado, defendeu a candidatura do ex-governador Jackson Barreto para o senado e afirmou que se o deputado estadual e presidente da assembleia legislativa “Luciano (Bispo) quiser que o MDB lute por ele, estaremos à disposição.
Luciano pode ser candidato a vice por qualquer partido, é um grande nome”. Em entrevista exclusiva ao jornal da cidade, Reis deixa claro que o partido optou por buscar o crescimento e estaria obtendo adesões de jovens. Na sua avaliação, apenas quadros antigos devem sair para outras legendas. Mas o MDB já tem nomes apenas aguardado a saída dos mais antigos para entrar”. A seguir leia os principais trechos da entrevista:
JORNAL DA CIDADE – O Há uma crise no MDB de Sergipe?
SÉRGIO REIS – Nunca existiu crise, ao contrário, o MDB entrou num processo de renovação em todo o Estado de Sergipe e vive também momento de crescimento.
JC – O partido está sem rumo?
SR – Eu não sei de onde partiu essa conversa, pois o partido caminha rumo ao crescimento. Somos a segunda maior força do estado em número de prefeitos e vereadores. Só perdemos para o PSD, do governador Belivaldo Chagas. O partido esteve sempre no rumo certo. Ao lado das forças progressistas do estado.
JC – O presidente da Assembléia Legislativa de Sergipe, deputado Luciano Bispo, [é um emedebista de longas datas e comentou na edição desta sexta-feira do Jornal da Cidade essa crise no partido. Luciano disse que o MDB precisa se organizar urgentemente. Precisa?
SR – O que está havendo no MDB é renovação, gente jovem entrando, políticos com mais entendimento com o momento atual, apenas deputados antigos devem sair para outras legendas. Mas já temos nomes apenas aguardado a saída dos mais antigos para entrar.
JC – O MDB está bem engajado no grupo governista?
SR – Eu já repeti várias vezes que o MDB defende a continuidade da aliança com o governador Belivaldo Chagas. Eu e o deputado federal Fábio Reis defendemos o nome de Fábio Mitidieri abertamente desde o ano passado.
JC – Não há dissidências?
SR – Claro que existe situações como a do prefeito de são Cristóvão, Marcos Santana, que deve votar no PT porque o PSD fez oposição na eleição municipal.
JC – A maioria dos emedebistas vai estar no palanque governista?
SR – No momento oportuno no que depender da maioria da Executiva e da maioria dos prefeitos do MDB, estaremos no palanque de Fábio Mitidieri, se não houver nenhum fato imponderável daqui pra lá.
JC – O deputado estadual Garibalde Mendonça tem dito que está aguardando a abertura da janela para deixar o MDB. O que está havendo?
SR – Garibalde nunca falou comigo pessoalmente, qualquer que seja os motivos, devem ser republicanos . Friso que quando ele sair, já tenho a ficha de outro para entrar.
JC – Por que Mitidieri como opção?
SR – Para governo, reitero Mitidieri. Ele representa a renovação, um novo ciclo na era política do estado. Político de palavra, atencioso, quem melhor conhece todos os gargalos do estado e está preparado para suceder Belivaldo.
JC – O MDB estará no grupo majoritário da chapa governista de Sergipe?
SR – Jackson Barreto deve ser nosso candidato a senador. Já tivemos reuniões com a presidência nacional do partido e a candidatura dele é prioridade não só do partido em Sergipe, mas também da nacional. Com a saída de André eu vejo o nome de JB como quase consolidado. O MDB se empenhará para que ele seja nosso senador.
JC – Então, o MDB quer a Vice-Governadoria e o Senado?
SR – Questão da vice será discutida mais adiante. Mas, se Luciano quiser que o MDB lute por ele, estaremos à disposição. Luciano pode ser candidato a vice por qualquer partido, é um grande nome. Estou falando de forma subjetiva. Eu disse que para Luciano ser o vice independe de partido. Não é porque ele é do MDB que seria o vice. Ele tá acima de sigla partidária.
JC – O senhor falou em novos quadros estariam chegando ao MDB e alguns deles seriam candidatos a deputado federal e estadual. Quem são eles?
SR – Ainda não é o momento de revelar. Oportunamente, faremos isso. Vamos dar um pouco mais de tempo ao tempo.
Fonte: Jornal da Cidade