Alessandro silencia sobre denúncia de ‘rachadinha’ envolvendo deputado do Cidadania em Sergipe

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Apesar de propor a criação de uma CPI no Senado para investigar a suposta prática de “rachadinha” no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro, o senador Alessandro Vieira mantém silêncio sobre a denúncia apresentada ao MPF (Ministério Público Federal) de um esquema semelhante de peculato envolvendo o deputado estadual Doutor Samuel Carvalho (Cidadania).

Em 5 de julho, horas após o UOL divulgar uma série de reportagens com áudios inéditos de uma ex-cunhada de Bolsonaro que arrastavam o presidente para o centro de uma denúncia de desvio de salários de assessores parlamentares, Alessandro defendeu a instalação de uma CPI para apurar o que, segundo ele, seriam “fatos de notável interesse público”.

Agora, passadas mais de 24 horas desde a divulgação de um suposto caso de rachadinha no gabinete de um parlamentar filiado ao Cidadania, Alessandro, presidente regional do partido, não demonstra a mesma disposição de propor, a nível estadual, a instalação de uma CPI para investigar o deputado estadual Samuel Carvalho.

No Senado, para justificar a criação da CPI da Rachadinha, Alessandro sustentou que as matérias jornalísticas do UOL estavam “lastreadas em áudios que apontam detalhes do que se dizia no círculo íntimo e familiar do então Deputado Federal [Jair Bolsonaro]”. O mesmo ocorre com a denúncia relacionada a Samuel.

Denunciante do suposto esquema de rachadinha no gabinete do correligionário de Alessandro, Gildete Dias Menezes afirma que quando era assessora parlamentar de Samuel repassava uma parte significativa do salário pago pela Assembleia Legislativa (Alese) à esposa do deputado, Adriana Menezes que, tal como fazia a ex-mulher de Bolsonaro, supostamente recolhia parte dos salários de assessores parlamentares do marido.

O AjuNews teve acesso com exclusividade ao áudio de um diálogo travado entre Gildete e o chefe de gabinete de Samuel, José Carlos Almeida, em que os dois conversam sobre o suposto esquema. Gildete foi lotada na Alese entre abril de 2020 e abril deste ano, com salário líquido R$ 2.717,03, e diz que, desse valor, ficava apenas com R$ 600, pois entregava a outra parte, inicialmente a José Carlos Almeida, e depois para Adriana Menezes.

Apesar da gravidade da denúncia apresentada contra Samuel, que presidente o diretório do Cidadania em Nossa Senhora do Socorro, o caso não mereceu de Alessandro o mesmo empenho e presteza quando das denúncias relacionadas a Bolsonaro.

Fonte: Imprensa24h

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