Em visita ao município de Estância, na região Sul de Sergipe, o pré-candidato à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Sergipe, Danniel Costa, reafirmou que a advocacia sergipana vive o seu pior momento. De acordo com ele, a OAB/SE não está cumprindo seus objetivos institucionais e a omissão da entidade diante das inúmeras dificuldades enfrentadas pela classe durante a pandemia é a maior prova disso. Ele participou de entrevistas em emissoras de rádio e cumpriu uma agenda de encontros e reuniões com advogados do município.
“Escritórios fecharam e colegas passaram necessidade, enquanto a OAB foi incapaz de adotar medidas efetivas para amparar profissionais que não tinham a mínima estrutura para realizar audiências e participar de videoconferência com seus clientes. Essa apatia gerou um sentimento de insatisfação que cresceu com a sensação de que a advocacia vive o seu pior momento, pois os advogados estão sem esperança na atuação de uma instituição que deveria resguardar os direitos da classe e da sociedade”, salientou Danniel, complementando.
“Na pandemia, caberia à Ordem defender a advocacia e buscar a reabertura dos escritórios, da mesma forma que era dever da OAB zelar pelos direitos sociais e acompanhar de perto todas as ações aprovadas pelo Comitê Técnico-Científico em Sergipe. Infelizmente, nada disso aconteceu. Esperávamos mais de uma entidade de protagonismo histórico que sempre ocupou lugar de prestígio em nossa sociedade, e, não, privilegiar apenas alguns advogados com a entrega de álbuns fotográficos que demandaram despesas extraordinárias em momento de crise”, lamentou.
Para o pré-candidato, a Ordem precisa se modernizar e enxergar além, uma vez que o mercado de trabalho é bastante concorrido e para se destacar o advogado deve ter noções de empreendedorismo, saber como montar e gerir seu escritório, utilizar o marketing jurídico a seu favor e estabelecer uma boa relação com seus clientes. “Não basta entregar carteiras e promover um curso de ingresso. É essencial que a OAB esteja presente no dia a dia da advocacia e atenta à nova realidade que vivemos, facilitando a atuação da advocacia em todos os aspectos”, ressaltou Danniel Costa.
Ao abordar outros temas, Danniel Costa criticou a atual política de desagravos da OAB, defendendo que a violação das prerrogativas deveria dar ensejo a uma representação ou uma ação judicial competente. Danniel também explicou seu ponto de vista acerca da regionalização das comissões e da advocacia dativa: “as comissões são essenciais para a gestão, porém precisam de estrutura que permita uma atuação. Entendo que as comissões precisam ser regionalizadas, porque só assim a advocacia terá voz e poderá atingir as finalidades precípuas de cada tema abordado”.
Ao tratar dos advogados correspondentes, Danniel Costa ressaltou que compete à OAB notificar advogados de fora do Estado que estão atuando em processos locais sem registrar sua carteira suplementar: “não há como assegurar a contratação dos advogados sergipanos se a OAB continuar omissa no seu dever de fiscalização”, explicou Danniel Costa ao mencionar que outras seccionais estão sendo atuantes quanto ao limite de processos por advogado dentro de seus Estados.
Danniel Costa defendeu uma OAB ativa e moderna, mais compromissada com a advocacia e que tenha uma visão para o futuro: “a OAB precisa evoluir e aceitar novos conceitos. Não podemos concordar com uma Ordem que se prenda a ideais conservadores que não se coadunam como o atual momento vivenciado pela advocacia. Precisamos olhar para os advogados e advogadas para entender suas demandas, disponibilizar treinamentos que façam a diferença no exercício da profissão, montar escritórios compartilhados com estrutura para atendimentos, audiências virtuais e reuniões, modernizar a OAB com aplicativos que permitam a resolução de problemas sem ser necessário o deslocamento à sede da seccional, enfim, pensar no futuro e numa OAB que seja digital e inclusiva, numa CAASE sem qualquer diferenciação entre advogados da capital a do interior. Porque todos os advogados merecem ter o mesmo tratamento”, ressaltou.
POR ASCOM/DANNIEL COSTA