O Brasil está perdendo uma das principais geradoras de empregos, de promoção do desenvolvimento social e geração de renda que é a Eletrobras. A aprovação da Medida Provisória (MP) 1.031/21, na Câmara Federal, viabiliza a privatização da estatal e provoca uma série de riscos que irão do aumento das tarifas, da redução de pesquisa no setor, até a demissão de funcionários. Esses fatores foram primordiais para o voto contrário do deputado federal Fábio Henrique (PDT/SE) à venda da estatal, na sessão do dia 20.
A Eletrobras é responsável por 30% da energia gerada no país e a sua privatização atinge diretamente a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – Chesf, que é principal subsidiária da estatal. De acordo com o secretário geral e presidente interino do Sindicato dos Eletricitários de Sergipe (Sinergia/SE), Gilton dos Santos, a venda da Chesf significa um aumento nas contas de energia de aproximadamente 17% e demissão de muitos funcionários, inclusive em Sergipe.
“Temos de agradecer ao deputado Fábio Henrique por defender os trabalhadores e por firmar defesa aos eletricitários, principalmente os da Chesf, que estão passando pela possibilidade de privatização”, declarou o presidente interino do Sinergia/SE. A Chesf tem como atividade principal a geração, a transmissão e a comercialização da energia gerada pelas águas do Rio São Francisco.
Fábio Henrique destacou que além do aumento na conta de energia e nas demissões, também é preciso destacar que a venda da Eletrobras significa estregar as nossas riquezas para o capital estrangeiro. “Votei contra a privatização da Eletrobras porque nenhum país do mundo que se respeita entrega a sua matriz energética. Infelizmente, estamos nesse momento de entreguísmo no Brasil e perderemos a nossa matriz que movimenta o país”, destacou.