Covid-19: Prefeitura de Lagarto não detalha R$ 5 milhões em caixa

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Requerimento com as despesas executadas através de recursos da Covid-19 em Lagarto

O porta-voz da prefeitura de Lagarto, Waldson Diniz, não detalhou os motivos pelo qual a prefeitura de Lagarto não utilizou os R$5 milhões de recursos da Covid-19 que estão em caixa. As declarações foram dadas no Jornal da Fan desta quinta-feira, 20, em resposta às acusações feitas pelo vereador Matheus Corrêa (Cidadania) nessa quarta-feira, 19.

Matheus Corrêa revelou que a prefeitura de Lagarto recebeu, até o momento, cerca de R$ 7,5 milhões de recursos para enfrentamento da Covid-19 (2020-2021), mas só foram gastos cerca de R$ 2,5 milhões.

O porta-voz explicou que “os recursos têm sido aplicados no custeio de saúde, fortalecimento de serviços ambulatoriais, nos serviços primários de saúde (…). Além de investir em vigilância em saúde, assistência farmacêutica, entre outros”. Porém, não detalhou os motivos dos mais de R$ 5 milhões que permanecem no caixa da prefeitura desde o ano passado.

“INVERDADES”

Ainda na entrevista desta quinta-feira, Waldson Diniz afirmou não confiar nas declarações do vereador Matheus Corrêa, em relação aos valores da Covid-19. “Primeiro, eu preciso ver a veracidade desse documento e o tempo da resposta. Porque quando o quesito é a oposição de Lagarto, tudo tem que ser duvidado porque eles falam inverdades”, disse.

Matheus Corrêa rebateu as alegações do porta-voz. “Eu exijo respeito, pois trato todos com respeito”, disse o vereador, enfatizando que dialoga muito bem com a secretária de saúde, assim como com a prefeita do município.

E complementou: “não tenho culpa de que determinados grupos tentem desvirtuar a nossa fala. Eu quero continuar fiscalizando em busca de melhorias para o nosso povo”.

Já o vereador Washington da Mariquita (MDB), também da oposição, lamentou as declarações do porta-voz e desafiou “qualquer pessoa” provar que ele fala inverdades.

AUXÍLIO EMERGENCIAL 

Na oportunidade, Waldson explicou que o Projeto de Lei de auxílio emergencial de R$ 250,00, aprovado pelos vereadores na última terça-feira, 18, para pessoas em situação de vulnerabilidade social, é desnecessário, justificando que o município tem um plano intitulado ‘Renda Cidadã’, que ampara 1 mil famílias no valor de R$ 110,00 com recursos próprios.

Conforme as declarações do porta-voz, a prefeita Hilda Ribeiro (Solidariedade) não pretende sancionar o PL de auxílio emergencial com duração de quatro meses. “De onde vai tirar esse recurso?”, perguntou.

O vereador Matheus Corrêa desmentiu o porta-voz e frisou que o projeto foi aprovado indicando o local de onde o dinheiro sairá. “Está na lei, é bom ler o PL que foi aprovado, para não ficar falando coisas que não tem sentido”, rebateu.

Matheus explicou também que o auxílio emergencial seria um reforço para as pessoas que estão passando por dificuldades. “O PL é autorizativo, indicando a dotação orçamentária do fundo da Assistência Social, e a gente coloca no PL que a câmara estará disponível para aprovar um reforço de dotação orçamentária”, disse.

Em relação a falta de medicamentos no município e lentidão nos exames para detectar o vírus da Covid-19, ele negou que a Prefeitura tenha deixado faltar remédios e disse que os testes estão sendo realizados conforme orientação médica.

FANF1

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